Melhor do continente', Newell's domina Atlético-MG, vence e abre boa vantagem na semifinal da Libertadores

Prazer, Newell's Old Boys, o melhor time do continente - ao menos segundo o seu presidente Guillerme Lorente. Os atuais campeões argentinos saíram na frente nesta quarta-feira, no estádio Coloso del Parque, na briga com o Atlético-MG por uma vaga na final da Libertadores. Donos da melhor campanha no torneio sul-americano, os brasileiros demoraram a entrar na partida, pecaram pelo excesso de cautela, e quando, enfim, resolveram sair da defesa, viram Maxi Rodríguez e Scocco fazerem 2 a 0 e sacramentarem a boa vantagem argentina, com os dois gols acontecendo no segundo tempo.

O segundo jogo da semifinal acontece na próxima quarta-feira, no estádio Independência, em Belo Horizonte, e a equipe do técnico Cuca terá a difícil missão de vencer por três gols de diferença. Se triunfar por 2 a 0, o Atlético-MG leva a decisão da vaga para os pênaltis.

Na outra semifinal, o Olimpia, jogando em casa, também abriu vantagem de 2 a 0 sobre o Independiente de Santa Fé. O segundo embate ocorre na próxima terça-feira, em Bogotá, na Colômbia.

No jogo na Argentina nesta quarta-feira, o Newell's, superior no confronto, só conseguiu abrir o placar aos 17 minutos do segundo tempo. Após cruzamento da direita do ataque do Newell's, a defesa atleticana vacilou e deixou Maxi Rodriguez subir sozinho, atrás de todo mundo, para anotar de cabeça.

Pouco depois, o atacante Jô teve um gol anulado por conta de um impedimento duvidoso. E, quem voltou a balançar a rede, foi a equipe da casa. Aos 35 minutos, Scocco cobrou falta na intermediária por fora da barreira e fez um golaço, sem chances de defesa para Victor: 2 a 0.

O jogo

Ronaldinho foi o centro das atenções durante os últimos três dias em Rosário. Quando o primeiro tempo se encaminhava para a sua metade, o craque deu, então, o seu primeiro sinal de mortalidade entre os argentinos. Mateo e Bernardi trocaram passes, deixaram o meia-atacante na roda e ele se resignou. Abriu os braços e reclamou dos companheiros.

O lance aconteceu pelo lado direito do ataque do Newell's. Foi por ali que os donos da casa criaram suas principais chances, sobretudo, com o paraguaio Cáceres, que aproveitava o corredor para avançar.

O Atlético-MG até tentava. Cuca pulava, se agachava, esbravejava, mas não tinha como. A bola era toda do time comandado por Tata Martino. Nos 15 minutos iniciais, foram pelo menos três boas oportunidades. Em uma delas, aos 4, Maxi Rodríguez recebeu cruzamento pela esquerda, pegou de bate-pronto e obrigou Victor a fazer boa defesa.

Em nova bola alçada na área, dessa vez vinda da intermediária, Heinze também tentou de cabeça e arrancou o suspiro do torcedor.

Até então, Ronaldinho ainda não dava mostra da genialidade que encantava os argentinos. Foi derrubado, reclamou ter levado uma pancada na cabeça, bateu escanteio, viu objetos serem ameaçados e acabou finalmente vaiado.

O craque alvinegro catimbava. Não era por esse jogador que os mais de 40 mil torcedores pagaram ingresso, no entanto. Foi por aquele que apareceu pela primeira vez aos 41 minutos, em um toque sutil, digno dos gênios que os argentinos, nesse caso, ‘odeiam' adorar.

O meia recebeu no lado esquerdo, parou e enfiou rasteira para Bernard entrar sozinho. O camisa 11 dominou, invadiu a área, mas, na hora de brilhar Guzmán, parou no goleiro do Newell's. Foi a melhor chance numa etapa inicial marcada pelo domínio do Newell's, alguns lances ríspidos do Atlético-MG e a insegurança de Guzmán.

Na volta do vestiário, com menos de um minuto, foi a vez de Ronaldinho ter a oportunidade de abrir o placar. A estrela alvinegra viu Bernard chegar na linha de fundo e cruzar para Jô apenas escorar para o meio. O passe precioso encontrou a sua perna esquerda. Faltou mais carinho. Ele finalizou de forma bizarra para fora.

Em seguida, Marcos Rocha fez boa trama pela direita, tirou o atrapalho Guzmán da área, porém, demorou demais com a bola.

O Galo voltou diferente no segundo tempo e tomando a iniciativa na partida. O técnico Tata Martino sentiu a pressão e mandou os reservas aquecerem.

Não precisou nem mesmo fazer qualquer alteração para que o Newell's acordasse. Aos 12 minutos, Maxi Rodríguez fez fila na meia-lua, cortou e chutou de bico. Victor teve de se esticar para colocar a bola para escanteio. O lateral-esquerdo Casco ainda fez excelente jogada na sequência e cruzou com perigo.

Os mandantes conseguiam, enfim, trazer a sua torcida de volta para campo. A combinação se provou fatal para o Atlético-MG. Em bate-rebate na área, Maxi ficou com a sobra e empurrou de cabeça para fazer 1 a 0 com 17 minutos.

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 Scocco vibra à frente de Marcos Rocha: Newell's em boa vantagem

Depois de sofrer o gol, o Atlético-MG passou a atuar de forma mais aberta, mas foram os argentinos que quase ampliaram a contagem em um lance inacreditável, que o zagueiro Rafael Marques conseguiu salvar quase em cima da linha.

Jogando em casa, o Newell's Old Boys não se contentou com o placar de 1 a 0 e seguiu agredindo. Aos 35 minutos, Scocco cobrou falta com categoria e ampliou a contagem, deixando o Atlético-MG em situação complicada na Libertadores. Sem poder de reação, os mineiros não conseguiram ameaçar os argentinos, aceitando o revés em uma noite ruim.

FICHA TÉCNICA:
NEWELL'S OLD BOYS 2 X 0 ATLÉTICO-MG

Local: Estádio Marcelo Bielsa, em Rosário (ARG)
Data: 03 de julho de 2013 (quarta-feira)
Horário: 21h50 (horário de Brasília)
Árbitro: Enrique Osses (Chile)
Assistentes: Carlos Astroza e Sergio Román (ambos do Chile)
Cartões Amarelos: Pablo Pérez, Casco, Maxi Rodríguez (NEWELL'S), Bernard, Gilberto Silva e Luan (ATLÉTICO-MG),
Gol: Maxi Rodríguez, aos 17, e Scocco, aos 35 minutos do segundo tempo

NEWELL'S OLD BOYS: Guzmán; Cáceres, Vergini, Heinze e Casco; Pablo Pérez, Mateo e Bernardi; Figueroa (Tonso), Scocco e Maxi Rodríguez
Técnico: Gerardo Martino

ATLÉTICO-MG: Victor; Marcos Rocha, Gilberto Silva, Rafael Marques e Richarlyson; Pierre, Josué, Ronaldinho e Tardelli (Luan); Bernard e Jô
Técnico: Cuca

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Cássio 'franga', mas Renato Augusto faz golaço, e Corinthians bate São Paulo na Recopa

Uma falha feia do goleiro Cássio, herói nas conquistas da Libertadores e do Mundial de 2012, poderia ter jogado fora a vitória do Corinthians na partida de ida da Recopa Sul-Americana, contra o São Paulo. Mas um golaço de Renato Augusto garantiu o placar de 2 a 1 para os visitantes no Morumbi.

O meio campista, que não jogava desde 24 de março por lesão muscular na coxa direita, encobriu o adiantado Rogério Ceni aos 31 do segundo tempo, 30 minutos depois de Aloísio ter empatado para o Tricolor em chute de longe que Cássio ‘deixou' entrar - Guerrero abriu o marcador aos 29 da etapa inicial.

Logo Cássio, responsável direto pelo Corinthians ter vencido a Copa Libertadores e por estar, portanto, na Recopa. O São Paulo se classificou para o torneio por ter vencido a Copa Sul-Americana, com participação de Lucas, que marcou presença no Morumbi nesta quarta.

O São Paulo não vence o Corinthians no Morumbi há seis anos, desde o Paulista de 2007. Desde então foram cinco vitória alvinegras e cinco empates na casa tricolor.

A partida que decide se o São Paulo conquista o tricampeonato da Recopa ou se o Corinthians leva a taça de forma inédita acontece no dia 17 de junho, no Pacaembu. Não existe vantagem por gol marcado fora de casa e um empate dá o título ao Alvinegro. Vitória por um gol de diferença do Tricolor leva o duelo para a prorrogação e se necessário para os pênaltis. 

Os dois times entram em campo no próximo domingo pelo Brasileirão. O Corinthians visita o Bahia, na Fonte Nova, e o São Paulo faz mais um clássico no Morumbi, contra o Santos.

O jogo

A princípio, os oito dias de descanso do elenco do Corinthians pareceram ter feito mais efeito que os dez dias dados aos jogadores do São Paulo na pausa do futebol brasileiro para a disputa da Copa das Confederações. O time visitante marcava o rival sob pressão e levava vantagem nas bolas aéreas.

Após 15 minutos de desvantagem, o São Paulo começou a lançar mão de sua velocidade. Ralf levou cartão amarelo ao parar Osvaldo na entrada da área aos 16. Cássio defendeu chute cruzado de Luis Fabiano aos 21.

E aos 29 o Corinthians abriu o marcador. Romarinho deixou Juan para trás pela direita e cruzou para o meio da área. Emerson chutou prensado, e a bola sobrou para Guerrero estufar para a rede. O peruano não marcava havia oito jogos.

A partir dai uma série de problemas físicos começou a assolar a equipe alvinegra. Primeiro, Danilo deixou o jogo com dores no joelho esquerdo. Em seguida, Guerrero caiu no gramado, e os jogadores do São Paulo preferiram não mandar a bola para que o adversário fosse atendido. Houve desentendimento, e Emerson levou cartão amarelo depois de pegar Rodrigo Caio. Guerrero voltou para a partida normalmente.

O São Paulo substituiu em dose dupla para mudar os rumos do jogo. Douglas e Ganso saíram para a entrada de Wellington e Aloísio. A entrada do segundo foi determinante para que o Tricolor empatasse logo a um minuto de segundo tempo. Mais importante ainda foi Cássio. Aloísio chutou de longe, o goleiro corintiano espalmou fraco e viu a bola entrar. Falha feia.

Apesar de os donos da casa terem mandado na primeira metade da etapa final, foi do Corinthians a principal chance de gol. Aos 19, Renato Augusto, que entrou no lugar de Douglas, lesionado após levar pancada de Wellington no tornozelo, cruzou, e Guilherme cabeceou para o chão. A bola pingou, Rogério tocou e foi salvo pela trave. A trave também impediu que Romarinho fizesse 2 a 1 Corinthians em desvio após lançamento de Emerson aos 23.

Renato Augusto, que já havia transformado o time corintiano com sua entrada, transformou o jogo com um golaço aos 31 minutos. O meia viu Rogério adiantado e de longe tocou sobre o goleiro.

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Com estádio quase vazio, Botafogo consegue vitória magra sobre o Figueirense

Depois de quase um mês sem jogos oficiais, o Botafogo conseguiu apenas uma vitória magra sobre o Figueirense, por 1 a 0, nesta quarta-feira à noite, em Volta Redonda, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O atacante Rafael Marques fez o único gol da partida, que foi acompanhada por apenas 754 torcedores pagantes (mais 508 não pagantes) no estádio Raulino de Oliveira.

O jogo de volta será disputado no dia 24 de julho, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, e, se balançar as redes fora de casa, o Botafogo pode perder por até um gol de diferença para avançar às oitavas de final.

Apesar das "férias" e do período de treinamentos durante a pausa para a Copa das Confederações, o duelo desta quarta foi bem morno e pouco empolgou. O Botafogo criou um pouco mais de chances do que o adversário e mereceu a vitória, mas não produziu o suficiente para conseguir uma vantagem maior. O gol do time carioca foi marcado aos 28 minutos do primeiro tempo, quando Rafael Marques aproveitou cruzamento de Lodeiro e cabeceou para as redes. Seedorf, que acertou o travessão ao tentar um gol de cobertura, Lucas e Vitinho quase ampliaram, mas Rafael Costa também teve a oportunidade de empatar para os catarinenses.

Antes da partida de volta pela Copa do Brasil, as duas equipes voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro no próximo final de semana. Pela Série A, o Botafogo faz o clássico com o Fluminense, no domingo, em Recife. Pela Série B, o Figueirense recebe o Boa Esporte, no sábado, em Florianópolis.

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