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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Brilho de Riquelme e arbitragem enterram sonho do bi do Corinthians

Por Antônio Strini e Marcus Alves, do Pacaembu (São Paulo), para o ESPN.com.br
Reuters

Riquelme celebra com o banco de reserva o gol do Boca no Pacaembu
Faltando cerca de meia hora para o início da partida, os jogadores do Boca Juniors subiram para o aquecimento. Todos eles com uniforme de treino. Riquelme, não. Utilizava agasalho.

O craque argentino é assim. Procura se destacar nos mínimos detalhes. Se a sua visita anterior ao Pacaembu acabou não sendo tão feliz – perdeu o título da Libertadores e anunciou sua saída do clube –, ele não teve o que reclamar dessa vez. Ignorou a sequência histórica de 12 derrotas no Argentino, regeu o Boca como nos velhos tempos e conduziu o time no empate em 1 a 1 com o Corinthians.

Precisando fazer o placar, a equipe alvinegra pecou pelo nervosismo, abusou das jogadas pelo meio e ainda foi prejudicada pela arbitragem ruim do paraguaio Carlos Amarilla. O juiz estrangeiro anulou gol legal de Romarinho e não deu pênalti em corte com a mão de Marin dentro da área - ainda tem um lance duvidoso em gol anulado de Paulinho.

Andando de um lado para o outro – porque ele não corre –, Riquelme não deu bola para a pressão dos quase 40 mil corintianos e, em chute do lado direito, encobriu Cássio no primeiro tempo. Paulinho ainda diminuiu de cabeça no início da etapa complementar.

Faltaram dois gols. O time brasileiro agora volta a sua atenção para a final do Paulista contra o Santos, no domingo, na Vila Belmiro. A equipe venceu por 2 a 1 no Pacaembu na semana passada. Em duelo caseiro, o Boca enfrenta o Newell’s Old Boys nas quartas de final da Libertadores.

O jogo – O Corinthians não está acostumado a ter pressa com Tite. Na segunda passagem do treinador pelo Parque São Jorge, essa é apenas a primeira vez que ele entra num confronto na Libertadores precisando correr atrás do resultado. Por isso, o time alvinegro mostrou logo de cara que fugiria de suas características e partiria para pressão.
Getty
Emerson lamenta lance durante Corinthians x Boca Juniors
Emerson lamenta lance durante Corinthians x Boca Juniors
 
Não deu certo. Ao invés de encurralar o Boca em seu campo, a equipe se viu vítima de seu nervosismo, esbarrando na parede montada pelos argentinos na frente da defesa e chegando ao gol de Orión somente aos 15 minutos, em chute de Danilo que passou rente à trave.

Até então, os visitantes controlavam bem o jogo, procurando quase sempre Riquelme para levar perigo até Cássio. O meia conseguiu fugir da marcação pelo lado esquerdo em uma oportunidade e fez cruzamento perigoso. Ninguém surgiu para completar.

Com experiência de sobra no torneio – seis atletas estiveram na final do ano passado –, o Boca catimbava a partida e contava com a atuação desastrada do paraguaio Carlos Amarilla.

Aos 9 minutos, Marin cortou com o braço dentro da área e o juiz mandou seguir. Envolvido na jogada, Emerson Sheik protestou e levou cartão amarelo. O defensor portenho deu um tapa na bola dentro da área.

Em outra jogada que provocou indignação dos torcedores, Romarinho recebeu passe em profundidade de Emerson, saiu sozinho na cara do gol, driblou Orión e pôs o Corinthians na frente aos 23. A arbitragem anulou e alegou erradamente impedimento do atacante.

Prejudicado por Amarilla, a equipe tentava manter a serenidade costumeira, mas, em lance despretensioso, levou o gol na sequência. Flutuando pelo gramado, Riquelme apareceu pela direita e, do bico da área, arriscou chute encobrindo Cássio e complicando de vez a vida corintiana aos 24.

Sem marcar há três jogos, Guerrero era o retrato do nervosismo do time em campo. Sem conseguir dar continuidade a praticamente nenhuma jogada, o peruano fez o torcedor perder a paciência ainda no primeiro tempo.


Reuters
Paulinho comemora com Ralf ao marcar para o Corinthians contra o Boca Juniors no Pacaembu
Paulinho comemora com Ralf ao marcar
O Corinthians voltou diferente na etapa complementar. Não só pelas alterações – Alexandre Pato e Edenilson nos lugares de Romarinho e Alessandro, respectivamente –, mas também por sua atitude. Menos afobados, os jogadores alvinegros sufocaram o Boca nos primeiros 15 minutos.

Primeiro, em arremate perigoso de Danilo. Depois, em cabeçada de Paulo André que tirou tinta da trave de Orión. Os argentinos acabaram não resistindo a tamanha pressão. Aos 5, Emerson Sheik cruzou na medida para Paulinho, que deslocou de cabeça para o fundo das redes e empatou em 1 a 1 o confronto.

Na jogada seguite, Guerrero ainda invadiu sozinho a área, mas foi parado pelo goleiro portenho quando se preparava para finalizar.

O Boca teve a chance de matar a partida em falha de Cássio aos 12 minutos. O camisa 1 corintiano rebateu chute de Riquelme nos pés de Blandi. Mesmo sem marcação, o centroavante conseguiu mandar por cima do gol.

Os comandados do experiente Carlos Bianchi ficariam nisso. Depois do lance, o Corinthians voltou à carga e chegou ao segundo gol novamente com Paulinho. Em bola alçada na área, o titular da seleção aproveitou confusão e balançou as redes. O árbitro Carlos Amarilla observou empurrão em Orión e marcou falta em jogada duvidosa.

Ainda se recuperando de lesão, Riquelme saiu para a entrada do atacante Lucas Viatri aos 23. Sem o craque, o Boca passou a jogar com dois homens de área na frente.

Abrindo mais o jogo, os corintianos apostavam na passagem dos laterais e constante movimentação do meio para furar a retaguarda argentina. Quase funcionou aos 30 minutos. Gil mandou o time para o ataque, Guerrero desviou para Pato, mas o reforço de R$ 40 milhões perdeu um gol incrível.

A pressão alvinegra ainda persistiu, mas ficou nisso. A história dessa vez será contada pelos visitantes.


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