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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ao som de rap, Wallace deixa insultos de lado e comemora: 'Amadureci'


Um dos principais nomes do Cruzeiro para a final da Superliga, oposto diz que caso de racismo ficou para trás: 'Se alguém perguntar, desconverso. Passou'


No ritmo acelerado dos versos e na batida constante da música, Wallace relaxa. Principal nome de uma campanha quase perfeita, o oposto do Cruzeiro tem encontrado no rap a sua fonte de tranquilidade. Em seu ano de afirmação nas quadras brasileiras, o jogador montou sua trilha ao som de grupos como Racionais e Facção Central. E foi nas letras apressadas dos ídolos que ele encontrou forças para amadurecer, superar um polêmico caso de racismo e levar o time mineiro à final da Superliga, contra o Vôlei Futuro, neste sábado, às 10h. A TV Globo transmite o duelo ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real.
Encarado como promessa na temporada passada, quando também fez parte da campanha do vice-campeonato do Cruzeiro, Wallace encara a atual edição da Superliga como sua afirmação. Mostrou força no ataque, vibração nos momentos complicados e calma para lidar com o inadmissível. Ainda na fase de classificação, foi alvo de racismo por uma torcedora do rival Minas. Na época, desabafou após ser chamado de “macaco”, mas não foi além disso. Hoje, diz preferir deixar o caso para trás.
- Não me afeta mais. Passou. Tem aquele momento de raiva normal. Mas, se alguém me perguntar, desconverso. Já passou - garante.
Wallace Cruzeiro vôlei Superliga (Foto: Alexandre Arruda/CBV)Wallace embala boa temporada ao som de rap (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Wallace prefere falar de sua evolução. Dono de um ataque potente, o oposto chega à final como principal arma do Cruzeiro contra o Vôlei Futuro. Segundo o jogador, as mudanças não se restringem à quadra.
- Acho que foi o ano que mais evoluí como jogador, como pessoa. Foi o ano que mais amadureci, aprendi coisas novas, a ter mais cabeça nas horas complicadas. Evoluí bastante de um ano para cá. Eu me sinto mais preparado. Nesta final, tenho que demonstrar o que venho fazendo durante a temporada toda.
A chance na seleção também ajudou. No ano passado, Wallace foi convocado para fazer parte do grupo que disputou os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. Terminou a competição como maior pontuador da equipe, com 72 pontos, e grande nome na conquista do ouro.
- Acho que venho evoluindo desde a vinda para o Cruzeiro, até a passagem pela seleção, nos Jogos Pan-Americanos, o campeonato mais importante que eu disputei até agora. Isso tudo vai gerando uma estabilidade. Você consegue ter mais habilidade, amadurecimento. Vai ficando mais fácil de jogar, olhar como está o bloqueio quando está atacando. Isso tudo é evolução.
Na final de sábado, Wallace vai encontrar velhos conhecidos no Vôlei Futuro. Na temporada 2008/2009, teve seu talento reconhecido pela primeira vez justamente quando defendia os rivais da decisão. Terminou aquela edição da Superliga como maior pontuador da competição e com o convite para defender o Cruzeiro no ano seguinte.
Wallace Cruzeiro vôlei Superliga (Foto: Alexandre Arruda/CBV)Wallace durante treino do Cruzeiro antes da
final (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
- Acho que o único gosto de enfrentar o Vôlei Futuro é mostrar que eles fizeram grande trabalho e consegui manter o ritmo em outro time. Se eu estou aqui, é porque consegui jogar bem lá. Eles me fizeram jogar, deram oportunidade. É por isso que estou aqui.
Wallace diz que o Cruzeiro está mais preparado que nunca para conquistar o primeiro título de sua história. O oposto aposta em uma partida apertada, mas diz que a equipe que tiver mais garra na decisão ficará com o troféu.
- Nós temos treinado bem, temos feito bons treinos. Os últimos jogos também nos deram moral. Nós sempre tivemos problemas para vencer o Minas. É complicado jogar lá, mas vencemos (na semifinal). E isso deixa nossa auto-estima ainda mais alta. Nós vamos confiantes, mas com os pés no chão. Não vamos achar que vamos para lá e ganhar. Eles têm uma equipe espetacular. Acho que o diferencial vai ser a garra. As partes técnica e tática já foram feitas. Temos que dar o coração, com garra. Determinação é o que vai fazer a diferença.
A vontade de ficar com o título é tanta que Wallace deixou de lado até a esperança de estar na seleção para a disputa dos Jogos de Londres. Embora admita não ter como esconder o desejo de estar no grupo que vai para a Olimpíada, o foco é na decisão.
- Ansiedade vai ser por causa da final. Estou mais ansioso com a final do que com a própria lista. Tenho de pensar no time. Depois, quando tiver cumprido o meu dever, aí sim posso pensar em seleção. É claro que eu penso, não tem como não pensar. Mas, neste momento, estou focado apenas na final.
Postado por: Juarez Alves
Fonte- Globoesporte.com
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