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terça-feira, 22 de maio de 2012

Ronaldinho Gaúcho já era



A torcida brasileira, e principalmente a do Flamengo, deve se resignar aos fatos: Ronaldinho Gaúcho não passa de um jogador médio, mais um para a lista dos que não fazem diferença — e além de tudo, está em má fase. Quem não percebeu isso, anda iludido, como o sujeito traído que ainda pensa que a sua mulher é virgem. Essa constatação não é de hoje: já faz pelo menos seis anos que o R10 não joga nada. As melhores atuações dele, aqui no Brasil, pelo Flamengo, ou lá fora, desde que foi para o Milan, são de um jogador razoável apenas, do nível de um Elano ou de um Paulinho, do Corinthians. Isso quando ele joga bem.
Lamento muito em dizer isso. Ronaldinho Gaúcho foi, nos seus dois anos de Barcelona, um dos jogadores mais espetaculares que vi na minha vida — e olha que já vivi bastante. A ponto de o próprio Maradona afirmar ser ele o novo Maradona. Não só pelos seus dribles, suas jogadas inventadas, suas firulas geniais. Mas também por ter sido um jogador extremamente produtivo para o time. E ter encantado torcedores do mundo todo. Ainda lembro da participação dele em um jogo cujos torcedores levantaram-se, quase todos, para simplesmente aplaudi-lo de pé por alguns minutos. Quem viveu o bastante, sabe que esse tipo de encantamento é raro. Garrincha conseguiu fazer isso, mas foi Garrincha, um gênio único do futebol. Também Garrincha parou de jogar, mas houve explicações para isso — como, por exemplo, a do seu joelho, eternamente comprometido com lesões. Antes disso, porém, ele praticamente ganhou sozinho uma Copa da Mundo, a de 1962, quando Pelé se contundiu e não pôde ir até o fim da competição.
E Ronaldinho Gaúcho? Qual é a explicação para ele ter perdido o talento? Noitadas? Não é o suficiente. Craque que é craque enche cara e no dia seguinte, ainda que não esteja no melhor das formas, resolve o jogo. Também não se pode dizer que é a idade. No ano passado, Romário participou de um amistoso nos Estados Unidos, jogando inclusive com o Messi. E jogou muita bola. É claro que não correu o tempo todo, mas bastava aparecer para criar alguma jogada genial. Craque é isso.
É por isso que, no meu dicionário, não existe a palavra ex-craque. Como não existe ex-gay ou ex-sogra. Mas Ronaldinho, que inovou no futebol com suas jogadas geniais, agora renova também meu dicionário, inaugurando o verbete “ex-craque”.
Assim, toda essa polêmica que gira em torno dele no momento — a mãe está doente, o Flamengo não paga seus salários, ele foi visto chegando na balada às 5h da manhã — só serve para ofuscar a verdade, nua e crua: Ronaldinho já era.
Postado por Juarez Alves
Sigam-me no Twitter : @Juarez_Esporte
Fonte: Fox Sports

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