À primeira impressão, a cena é feia. Aos 15 minutos, o atacante mexicano Erick Torres não alcança a bola na grande área e deixa o pé propositalmente para atingir o goleiro Gabriel. Mas o resultado que se vê depois é ainda pior. Com o olho direito muito inchado, o brasileiro declarou que a força de vontade para permanecer em campo prevaleceu. No fim, deu certo: vitória por 2 a 0 sobre o México nesta quarta-feira, no Estádio Hernán Ramírez Villegas, e classificação à final do Mundial Sub-20, sábado, contra Portugal. Embora que, para isso, ele tenha passado por apuros.
– O médico falou que eu respondi errado a algumas perguntas, mas não sei como foi não (risos). Na hora eu vi que estava muito inchado, não consegui abrir, e também sangrava. Pensei na hora que não poderia deixar o jogo naquele momento porque valia mais a vontade de chegar à final, de conquistar o título. Foi com raça – afirmou Gabriel, que também precisou acalmar a mãe Márcia.
– Tive que ligar logo depois do jogo porque sabia que ela estava passando mal, muito preocupada. Falei que estava tudo bem.
Saiba mais e confira todos os confrontos do mata-mata do Mundial Sub-20
– O médico falou que eu respondi errado a algumas perguntas, mas não sei como foi não (risos). Na hora eu vi que estava muito inchado, não consegui abrir, e também sangrava. Pensei na hora que não poderia deixar o jogo naquele momento porque valia mais a vontade de chegar à final, de conquistar o título. Foi com raça – afirmou Gabriel, que também precisou acalmar a mãe Márcia.
– Tive que ligar logo depois do jogo porque sabia que ela estava passando mal, muito preocupada. Falei que estava tudo bem.
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De olho inchado, Gabriel ri após vitória (Foto: VictorEm geral, os brasileiros condenaram o camisa 10, que em outros dois lances acertou uma cotovelada no zagueiro e capitão Bruno Uvini e um tapa no volante Casemiro.
– Acho que as duas jogadas foram maldosas, no primeiro (Bruno Uvini) o juiz estava distante, deu apenas o amarelo, mas no segundo (Gabriel), embora não tenha visto pela TV, o árbitro estava muito próximo, era para cartão vermelho na hora – disse o técnico Ney Franco.
Herói da vitória ao marcar os dois gols, o atacante Henrique preferiu ironizar o adversário.
– Isso é o normal deles, o que podem fazer. Irritar, bater, tentar nos tirar do sério, mas isso não interfere não. Estamos focados, viemos para jogar bola e não dar porrada. Jogamos e ganhamos.
Bruno Uvini, no entanto, manteve a serenidade ao comentar.
– Realmente teve alguns lances quentes, mas é uma semifinal de Copa do Mundo, e o mexicano ainda tem uma certa rivalidade com o Brasil. Esperava que fosse um jogo com lances desse tipo, parecido com o que encontramos no Sul-Americano, ainda mais por se tratar de semifinal, com os dois dando a vida para vencer. O bom foi que não perdemos o controle. O jogo esquentou e nós seguramos, todo mundo aqui é maduro – encerrou.
A decisão será contra Portugal, sábado, às 22h (de Brasília), em Bogotá, com transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento em Tempo Real no GLOBOESPORTE.COM. As duas seleções já decidiram em 1991, quando os portugueses venceram nos pênaltis e ficaram com a taça pela segunda vez em sua história. Tetracampeão do Mundial Sub-20, o Brasil foi vice em 2009 (perdeu para Gana) e agora busca seu quinto título no torneio.
– Acho que as duas jogadas foram maldosas, no primeiro (Bruno Uvini) o juiz estava distante, deu apenas o amarelo, mas no segundo (Gabriel), embora não tenha visto pela TV, o árbitro estava muito próximo, era para cartão vermelho na hora – disse o técnico Ney Franco.
Herói da vitória ao marcar os dois gols, o atacante Henrique preferiu ironizar o adversário.
– Isso é o normal deles, o que podem fazer. Irritar, bater, tentar nos tirar do sério, mas isso não interfere não. Estamos focados, viemos para jogar bola e não dar porrada. Jogamos e ganhamos.
Bruno Uvini, no entanto, manteve a serenidade ao comentar.
– Realmente teve alguns lances quentes, mas é uma semifinal de Copa do Mundo, e o mexicano ainda tem uma certa rivalidade com o Brasil. Esperava que fosse um jogo com lances desse tipo, parecido com o que encontramos no Sul-Americano, ainda mais por se tratar de semifinal, com os dois dando a vida para vencer. O bom foi que não perdemos o controle. O jogo esquentou e nós seguramos, todo mundo aqui é maduro – encerrou.
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