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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Bayern apanha do adversário, da arbitragem e da bola

Bayern recomeçou, nesta terça-feira (17), sua trajetória rumo ao hexacampeonato da Champions League. Diferentemente do que muitos esperavam, a partida contra o Shakhtar Donetsk terminouempatada sem gols e acabou servindo como uma amostra de que, se repetirmos a postura adotada na Ucrânia, não vamos longe nesta edição da liga milionária.

A proposta do Shakhtar era clara: se defender e buscar o contra-golpe - a única alternativa viável para tentar algo contra o Bayern. Naturalmente, com um adversário optando por se defender, tivemos mais posse de bola, mas não conseguimos nos impor. Na primeira etapa o Bayern tocou, tocou, tocou, ficou muito tempo trabalhando a bola na intermediária do time ucraniano, mas pouco arriscava. Foram seis chutes, no total. No segundo tempo, pior ainda: foram raríssimas as chances criadas e, como consequência disso, somente duas finalizações.

Pep Guardiola resolveu mandar a campo um 4-2-3-1Alaba fez sua primeira atuação no Gigante da Baviera como defensor em uma defesa composta por dois zagueiros - antes disso, sempre era o beque central em uma linha de três defensiva. Boateng foi seu parceiro. Rafinha e Bernat foram os laterais, Xabi Alonso eSchweinsteiger responsáveis pela volância, Robben e Ribery nas pontas, Götze na armação e Müller como falso nove - frequentemente eram vistos em transição.

Taticamente, boas opções. Alaba estava preparado para tal função e, hoje, foi bem. Seguro, não comprometeu em nenhum momento. Müller no lugar de Lewandowski também foi uma surpresa, mas Guardiola sabia que teria pela frente um time fechado na retranca e, por isso, resolveu investir em uma referência que não ficasse tão fixa lá na frente. Na teoria, uma boa escolha; na prática, o gol não saiu.

Durante a partida, problemas começaram a surgir. O Shakhtar batia muito e a arbitragem pouco agia. Já o Bayern não conseguiu se manter totalmente focado e, embora criasse oportunidades, acabou tendo dois jogadores amarelados - Rafinha e Xabi Alonso. No segundo tempo, tudo desandou. O time ucraniano voltava a bater, o Bayern, nervoso, chegava com violência em disputas pela bola, e o pior aconteceu: Xabi Alonso acabou sendo expulso.

A arbitragem, totalmente passiva, deixou diversos lances contra o Bayern passarem. Ribery levou cotovelada no rosto, diversos jogadores levavam pontapés do adversário, e nada foi feito. Talvez o árbitro (guarde o nome dele: Alberto Undiano Mallenco) tenha sentido a pressão exercida pelos jogadores adversários, algo inadmissível em qualquer circunstância, principalmente em um jogo de Champions League.

Guardiola foi muito bem nas substituições realizadas para suprir a lacuna deixada por Xabi Alonso. Promoveu o polivalente Alaba para jogar na volância com Schweinsteiger, tirou Müller - que sempre buscava algo, mas era engolido pelas duas linhas de quatro bem compactas do time de Donetsk -, colocouBadstuber e tirou Götze para colocar Lewandowski. A proposta era claríssima: Schweinsteiger cuidaria da armação das jogadas, Ribery e Robben fariam a correria pelas pontas e um centroavante de origem estaria na área para eventuais jogos pelo alto. Seguiu uma linha clara, mas, na prática, a produtividade foi baixa. O panorama do jogo não se alterou - com um a menos, foi até algo bom para nós: 0 a 0, decisão em Munique.

Getty Images
Getty Images
Ribery foi a maior vítima dos jogadores do Shakhtar e também da arbitragem

O Bayern daquela atuação primorosa contra o Hamburgo passou muito longe de se repetir no jogo de hoje. Além de falhas individuais e coletivas, o time apanhou muito e sofreu com a arbitragem. Mas nada está perdido - muito pelo contrário. No jogo de volta, em 11/3, na Allianz Arena, com o fator campo e apoio da torcida, provavelmente as coisas serão diferentes.

Penso que seria ideal começar com um 3-4-3. Jogando com alas e uma linha e três defensores, além de dificilmente tomarmos contra-ataques e nos prevenirmos dos perigosos gols visitantes, a proposta ofensiva seguiria inalterada. Começar com tudo desde o início será fundamental.

Lahm já realiza exercícios individuais e deverá estar de volta, o que por consequência mandaria Rafinhapara o banco. Com a baixa de Xabi Alonso, Alaba poderá fazer a dupla na volância com Schweinsteiger - o que pode ser ótimo, visto que a dupla Schweini e Xabi não tem funcionado com tanta eficiência. Benatia, hoje com dores musculares, nem relacionado para o jogo foi, mas deverá estar disponível na partida de volta. Poderá compor o trio de zaga com Boateng e Badstuber.

Jogando o que sabe e com o que tem de melhor, as chances de perdermos a vaga em casa são próximas a zero. O que realmente é preocupante é que o Bayern, desde o retorno da pausa de inverno, não consegue ser regular. Não consegue jogar o que sabe. Acredito na classificação, mas este jogo de volta será uma partida onde não poderemos errar. Terá que ser bem diferente do futebol apresentado hoje. Um erro poderá ser crucial, ainda mais contra uma equipe que nada tem a perder.
Um grande abraço.
Fonte: ESPN
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