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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Hulk salva, Brasil supera vaias e bate Africa do Sul por 1 a 0 em palco exigente




O gol saiu no momento em que a torcida paulista, conhecida por sua exigência em relação ao time nacional, intensificava os protestos contra Mano Menez


Diante da 74ª colocada do ranking da Fifa, que tinha uma aproveitamento de uma vitória nos últimos novos jogos, a Seleção Brasileira apesentou um futebol confuso e sem inspiração, mas com um gol de Hulk aos 31min do segundo tempo venceu a África do Sul por 1 a 0, nesta sexta-feira, no Estádio do Morumbi.
O gol saiu no momento em que a torcida paulista, conhecida por sua exigência em relação ao time nacional, intensificava os protestos contra Mano Menezes e o time. De uma maneira geral, os torcedores apoiaram em alguns momentos, mas sem o time corresponder à expectativa perdeu a paciência ainda no primeiro tempo e vaiou com frequência ao longo da partida.
O resultado positivo não alivia pressão em cima do trabalho de Mano Menezes, que completou dois anos à frente da Seleção em agosto ainda sem conseguir resultados expressivos. Contabilizando um fracasso na Copa América uma medalha de prata na Olimpíada de Londres e derrotas para os grandes Argentina (2 vezes), França e Alemanha, o treinador tem a garantia de continuidade do presidente José Maria Marin, mas a falta de um futebol convincente pode colocar seu cargo em risco.
Com a grande maioria dos jogos disputados fora do País, a Seleção voltou a jogar no País depois de quase um ano e ouviu protestos da arquibancada ao longo do duelo. Com presença de muitos são-paulinos na arquibancada, Luís Fabiano teve o nome gritado a cada erro de Leandro Damião e Lucas foi o mais festejado. O são-paulino não foi bem e acabou substituído por Jonas. Logo depois a torcida vaiou, e parte do estádio ensaiou um "adeus, Mano" Na sequência, Hulk marcou e deu alívio ao time brasileiro. Neymar, pouco inspirado, foi chamado de pipoqueiro,A Seleção, na sequência, faz mais duas partidas no Brasil, contra a China na próxima segunda-feira, no Recife, e contra a Argentina, em Goiânia, no dia 19 de setembro. Até o final do ano o time nacional encara os argentinos no segundo jogo do Superclássico das Américas, na cidade de Resistencia, o Japão na Polônia e mais um adversário não definido em Doha. Será a oportunidade de a Seleção mostrar melhor futebol e dar a Mano mais tranquilidade para 2013.
Mano optou por um time ofensivo, com inicialmente Oscar trabalhando como um segundo volante, com Ramires aberto pela esquerda, Lucas pela direita e Neymar centralizado no suporte a Leandro Damião. Se na teoria a formação encurralaria a África do Sul, na prática ela mostrou-se confusa, com os jogadores tentando a troca de posições constantemente sem resultado efetivo.
O resultado foi um primeiro tempo morno, com a pressão territorial do Brasil diante de uma África do Sul trancada, apostando em contra-ataques principalmente pela direita, nas costas de Marcelo. E foi assim que os sul-africanos quase abriram ao placar aos 12min, em uma tabela em que Gaxa saiu na cara do gol e teve o chute interceptado por Diego Alves.
Com a dificuldade do Brasil em criar, a torcida perdeu a paciência aos 21min, quando vaiou pela primeira vez o time. Antes, os torcedores tinha manifestado apoio, mas pegaram no pé em dois erros de Leandro Damião - pediram Luís Fabiano - e de Mano Menezes, bastante vaiado ao ter o nome anunciado no alto-falante.
Melhor em campo sem apresentar um futebol convincente, a Seleção foi para o intervalo com duas chances de gols claras criadas e desperdiçadas. Na primeira, aos 16min, Neymar cobrou falta na cabeça de Dedé, que concluiu forte para defesa à queima-roupa de Khune.
O goleiro voltou a trabalhar bem em chute de Neymar na grande área, já aos 42min. A torcida se animou, gritou Brasil por alguns segundos, mas voltou a cobrar melhor futebol na sequência ao gritar olé quando os sul-africanos tocavam a bola.
No segundo tempo, a África do Sul começou mais agressiva, arriscando chutes de fora da área e levando perigo ao gol de Diego Alves. O Brasil sofria com o mesmo problema da primeira etapa. Mano iniciou uma série de alterações, entre elas a entrada de Hulk no lugar do vaiado Leandro Damião. E foi o atacante que decidiu, ao chutar forte na grande área e estufar a rede.
Ficha técnica
BRASIL 1 x 0 ÁFRICA DO SUL
Gols
BRASIL:
Hulk, aos 29min do 2º tempo
BRASIL: Diego Alves; Daniel Alves, Dedé, David Luiz e Marcelo (Alex Sandro); Rômulo (Paulinho), Ramires e Oscar; Lucas (Jonas), Leandro Damião (Hulk) e Neymar (Arouca)
Treinador: Mano Menezes
ÁFRICA DO SUL: Khune; Gaxa, Sangweni, Khumalu e Masenamela; Dikgacoi, Furman (Mahlangu), Tshabalala e Serero (Maluleka); Ndlovu (Benni Mccarthy depois Parker) e Chabangu (Letsholonyane)
Treinador: Gordon Igesund
Cartões amarelos
BRASIL: Dedé, Hulk e Marcelo
ÁFRICA DO SUL: Chabangu, Khune, Dikgacoi e Gaxa
Árbitro
Nestor Pitana (ARG)
Público
51.538 torcedores
Local
Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)


Edição: João PauLLo Reavendo - Facebook ADD
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