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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Ataques em Boston preocupam o Brasil para a Copa das Confederações



Segundo os ministérios brasileiros, por enquanto, não haverá mudança no planejamento



Os ministérios da Justiça e da Defesa, responsáveis pelo planejamento da segurança da Copa das Confederações, que começa em 15 de junho, em Brasília, veem com “preocupação” os ataques ocorridos durante a maratona de Boston, nos EUA, que deixaram 3 mortos e 176 feridos na segunda-feira (15/04).
Duas bombas caseiras poderosas explodiram na linha de chegada da maratona, no centro da cidade americana. O FBI assumiu a chefia da investigação, mas afirmou que ainda não tem ideia da autoria ou da motivação do ataque, que foi classificado como um "ato de terror" pelo presidente americano Barack Obama.
Segundo os ministérios brasileiros, por enquanto, não haverá mudança no planejamento feito para os grandes eventos esportivos que serão realizados no país, pois, na avaliação do governo, o que está previsto “segue no caminho certo”. Mas haverá reforço na preparação, na inteligência e na prevenção de incidentes com explosivos ou envolvendo grupos extremistas.
“Será mais um motivo para nos preocuparmos, ficarmos em alerta”, diz o general José Carlos de Nardi, chefe do Estado-Maior conjunto do Ministério da Defesa e que comanda Marinha, Aeronáutica e Exército. Na avaliação dos militares, porém, “o risco de algo ocorrer no Brasil é menor”, devido às relações de amizade que o Brasil possui com os mais diversos países.
“O que ocorreu em Boston foi lamentável e um fator de preocupação, por isso estamos acompanhando bem de perto o andamento das investigações do FBI. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) analisa vários fatores e, atualmente, o risco de um atentado durante a Copa das Confederações é baixo, mas isso pode variar a qualquer momento, dependendo dos acontecimentos”, diz José Monteiro, diretor de operações da Secretaria Extraordinária de Segurança para os Grandes Eventos (Sesge).
A pasta, subordinada ao Ministério da Justiça, coordena a interação entre órgãos de segurança pública estaduais, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal com o Ministério da Defesa e a Abin. “O plano estratégico do governo dividiu a segurança em três eixos: ameaças externas, proteção de portos, aeroportos e fronteiras, e ameaças internas. Com isso, conseguimos ter uma visão transversal em tempo real de qualquer atividade extremista que possa estar se movimentando”, acrescenta Monteiro.
“Tomaremos ações para mitigar riscos ao máximo. Com informações de vários países, estamos construindo um banco de dados de suspeitos. Haverá reforço na fronteira e estamos adquirindo tecnologias que permitirão monitorar em tempo real comitivas, hotéis, estádios. Faremos vistorias em busca de explosivos em estádios e locais que abrigarão delegações. Temos grupos policiais em todos os estados prontos para isso”, disse.
Fonte: Com informações do G1

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