A Tocha Olímpica deixou o Reino Unido pela primeira vez em seus dezenove dias de revezamento nesta quarta-feira. Ao cruzar a fronteira da Irlanda do Norte com a Irlanda, a Tocha consolida um processo de paz entre os dois países, conflitantes durante a guerra anglo-irlandesa, quando a Irlanda reivindicou independência do Reino Unido, e envolvidos em confrontos religiosos entre católicos, maioria na Irlanda, e protestantes, presentes no Estado soberano.
“A passagem da tocha pela República da Irlanda é uma prova de que o esporte transcende as barreiras culturais, políticas e religiosas”, afirmou Sebastian Coe, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, em entrevista ao canal britânico BBC.
A tocha ultrapassou a fronteira da Irlanda do Norte, ligada ao Reino Unido, e chegou à Irlanda, independente desde 1992, nas mãos dos boxeadores e medalhistas olímpicos Wayne McCulloug, da Irlanda do Norte, e Michael Carruth, da República da Irlanda, sendo recebida pelo presidente irlandês Michel D. Higgins, em Dublin, capital do país.
“Este é um dia histórico para a Irlanda. Hoje acendemos o espírito olímpico no coração da nossa capital, diante do mundo todo”, afirmou o ministro do esporte irlandês, Michel Ring, outro presente no evento.
Além de McCullough e Carruth, outras 89 pessoas carregaram a tocha entre as capitais Belfast, da Irlanda do Norte, e Dublin. Entre elas o ex-jogador de futebol Paul McGrath, e os corredores Sonia O’Sullivan, prata nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e Ron Delany, ouro em Melbourne-1956.
A Tocha Olímpica deve continuar na Irlanda por cinco dias, antes de seguir o seu trajeto por outros países europeus.
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