Representar uma nação com mais de 38 milhões de pessoas. Essa é a missão da Polônia na segunda vez em que participará da Eurocopa e com o direito de ser uma das anfitriãs. A primeira aparição foi na edição de 2008, mas a Seleção Polonesa foi eliminada na fase inicial. Com a necessidade de fazer valer o fator-casa, a equipe Vermelha e Branca, como é conhecida, abrirá a competição europeia contra a Grécia, no dia 8 de junho, no Estádio Nacional de Varsóvia.
O país conquistou sua independência em 1918 e a origem do nome é ‘povo do campo’. Atualmente, a Polônia é considerada uma economia em ascensão, ao lado da Ucrânia, com quem divide o direito de sediar a Eurocopa. Sem passar pela crise financeira de algumas potências europeias, os anfitriões construíram o palco da partida inaugural na capital Varsóvia. O estádio custou mais de 500 milhões de euros e tem capacidade para 58.500 pessoas. Ele foi aberto ao público em janeiro deste ano. Na Euro, a lotação será de 50 mil espectadores.
Se na condição monetária os poloneses estão em desenvolvimento, no gramado a situação é diferente. A equipe não venceu nenhuma das seleções que estarão no torneio, com derrotas para França e Itália e empates com Alemanha, Portugal e a adversária de grupo Grécia.
A esperança de realizar uma boa campanha em casa está no apoio das arquibancadas e no desempenho dos destaques Lewandowski, Jakub Blaszczykowski (Kuba) e Piszczek. Os três foram campeões alemães da temporada pelo Borussia Dortmund, com o atacante Lewandowski sendo considerado o melhor jogador do campeonato. O esquadrão é comandado por Franciszek Smuda.
Para o comentarista da ESPN, Gerd Wenzel, a chance de os poloneses realizarem uma boa campanha depende do trio que joga na Alemanha. "Para alcançar esse objetivo mínimo, o técnico Smuda montou seu time em torno do trio que joga no Borussia Dortmund, bi-campeão alemão: o lateral direito Lukasz Piszczek, o meio campista Jakub Blaszczykowski e o artilheiro Robert Lewandowski. Esses três jogam num nível técnico que falta à maioria dos outros integrantes do elenco. Ao lado desse trio, Ludovic Obraniak (Girondins Bordeaux), meio campista ofensivo terá papel importante como organizador do jogo polonês. Os goleiros Fabianski e Szczesny, ambos do Arsenal, são de confiança", disse Gerd, ao Superesportes.
Como ponto fraco da seleção, o jornalista não confia no sistema defensivo. "A defesa é o grande problema desse time e, como todo mundo sabe, uma andorinha só no setor defensivo (no caso Piszczek) não faz verão, mesmo porque o jogador do Dortmund gosta de atuar ofensivamente - se fizer isso, a linha de zagueiros (Wasilewski, Perquis e Wawrzniak) vai pagar o preço de sua falta de entrosamento e pouca prática de jogo. Smuda tem ainda a alternativa de improvisar Boenisch (Werder Bremen) na lateral esquerda para dar um pouco mais de estabilidade à sua defesa. Os dois volantes, Polanski (Mainz 05) e Murawski (Lech Poznan), deixam muito a desejar", concluiu.
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| Franciszek Smuda tenta fazer história com elenco polonês na Eurocopa |
O caminho da Polônia para alcançar as quartas de final, fator inédito para o país, terá, além dos gregos, a Rússia e a República Tcheca. Se ficar entre os dois melhores de seu grupo e conseguir a vaga na fase eliminatória, o adversário dos anfitriões virá do Grupo B, considerado ‘da morte’ e composto por Holanda, Dinamarca, Alemanha e Portugal.
No ranking da Fifa, a Polônia ocupa o 65º lugar. A marca mais expressiva da seleção, em se tratando de conquistas, foi a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. O mesmo feito é perseguido pelo futebol brasileiro há décadas, pois a Seleção Brasileira nunca terminou uma Olimpíada com o primeiro lugar no futebol. A Polônia também conseguiu a medalha de prata em Montreal’1976 e em Barcelona’1992.
No quesito Copa do Mundo, os poloneses tiveram as melhores participações nos mundiais de 1974 e 1982, ambos com o terceiro lugar. Inclusive, na Copa da Alemanha, a Polônia superou o Brasil com vitória por 1 a 0, com gol do artilheiro Lato, que terminou como principal goleador do Mundial, com sete tentos.
O time base é do técnico Franciszek Smuda é Szczesny; Piszczek, Glowacki, Perquis e Wawrzyniak; Murawski e Dudka; Blaszczykowski, Obraniak e Mierzejewski; Lewandowski.
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