A conquista do título do Superclássico das Américas é meramente simbólica. Ao pensar no futuro, o jogo desta quarta-feira entre Brasil e Argentina também tem importância limitada, já que os dois times não contam com os jogadores do exterior. Mas uma derrota no principal clássico sul-americano, previsto para 22 horas, no estádio Bicentenário de Resistência, sempre é motivo de turbulência, principalmente no caso de Mano Menezes, que segue sem a confiança da torcida.
“Penso que esse jogo tem o mesmo peso do ano passado, não vai resolver os problemas da Seleção, mas é ótimo vencer a Argentina, sempre é difícil jogar contra eles. Para esse grupo, vai significar o aumento de confiança, um enfrentamento forte, cada um vai tirar proveito, a gente vai tirar na proporção que significa”, promete o técnico Mano Menezes.
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Independentemente da importância do título, o elenco brasileiro utiliza um discurso que valoriza o embate. O fato de a partida ser realizada na cidade de Resistência, com um estádio que lembra um caldeirão, faz os atletas esperarem uma grande pressão.
“Acho que vai ter a disputa, a catimba, com rivalidade, é claro. Só esperamos que o torcedor tenha a mesma postura do jogo em Goiânia, queremos que todo mundo vá até lá para torcer. Sabemos que confusões são normais em campo, mas não pode ter pedras ou confusão”, afirma o meia Thiago Neves.
Na teoria, o Brasil carrega algumas vantagens no confronto. Primeiro, sua base nacional é considerada mais forte. Além disso, a equipe de Mano Menezes venceu o jogo de ida por 2 a 1 e tem a vantagem do empate para levantar o bicampeonato do Superclássico das Américas.
A Argentina necessita, por sua vez, de um triunfo por dois gols de diferença para ser campeã. Se ganhar por margem mínima, leva a decisão para os pênaltis. “É difícil falar sobre favoritismo em uma partida como essa. Quando começa o jogo, a porcentagem das equipes é a mesma”, minimiza o volante Arouca.
Na escalação, o técnico Mano Menezes sinaliza mudanças até no esquema. No último treino antes da viagem para a Argentina, a Seleção Brasileira atuou no esquema 4-4-2. O meio-campo contou com Ralf, Paulinho, Arouca e Thiago Neves, que tinha a função de abastecer o ataque com Lucas e Neymar.
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No entanto, Mano Menezes evita confirmar a escalação de forma antecipada. Assim, ele deixa aberta a chance de escalar Leandro Damião no ataque, na vaga de Arouca.
Na Argentina, a tendência é que o ataque siga com uma dupla conhecida dos brasileiros, formada por Martínez, do Corinthians, e Barcos, do Palmeiras. Ainda assim, a ideia é modificar a postura dentro de campo.
“Devemos fazer uma partida diferente e ser protagonistas perante o Brasil, apesar que nosso treinador manifestou estar contente com o desempenho da equipe no jogo de Goiânia”, avisa Barcos.
No confronto de ida, a Argentina apostou em uma forma de jogo defensiva e chegou a se defender com até nove jogadores de linha. “Estamos ajustando algumas coisas na parte tática, esperamos que seja diferente do primeiro encontro. Vamos tentar pressionar”, promete o meio-campista Maxi Rodríguez.
FICHA TÉCNICA
ARGENTINA x BRASIL
Local: Estádio Bicentenário, em Resistência (Argentina)
Data: 3 de outubro de 2012, quarta-feira
Horário: 22h (de Brasília)
Árbitro: Enrique Ossés (Chile)
Assistentes: Francisco Mondria e Carlos Astroza (Chile)
ARGENTINA: Ustari; Peruzzi, Lisandro López, Sebá Dominguez, Desábato e Clemente Rodríguez; Maxi Rodríguez, Braña e Guiñazu; Martínez e Barcos
Técnico: Alejandro Sabella.
BRASIL: Jefferson; Lucas Marques, Dedé, Réver e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Arouca (Leandro Damião) e Thiago Neves; Lucas e Neymar
Técnico: Mano Menezes.
Edição: João PauLLo Reavendo - Facebook ADD
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