Jordi Ribera comanda a Seleção Masculina de olho nas Olimpíadas de 2016

São José dos Pinhais (PR) - No comando da Seleção Brasileira Masculina de Handebol de 2005 a 2008, Jordi Ribera Romans ajudou o Brasil a conquistar três medalhas de ouro. A primeira veio logo em 2006, no Campeonato Pan-Americano de Seleções em Aracaju (SE). O treinador ainda faturou o título dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, e outro Pan de Seleções, em 2008, em São Carlos (SP). Um dos nomes mais respeitados no mundo do handebol, o espanhol está de volta ao comando da equipe nacional, com a expectativa de cumprir um ciclo vitorioso. A primeira meta a ser atingida pode vir já neste mês, com o tricampeonato do Pan de Seleções na Argentina, dos dias 18 a 24, em Buenos Aires, classificatório para o Mundial da Espanha, em janeiro de 2013. Mas o grande objetivo são os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.

Na primeira passagem por aqui, Jordi realizou um forte trabalho nas categorias de base. Ele implantou, como parte de seu planejamento, acampamentos regionais periódicos, que reuniam um grande número de jovens jogadores. O trabalho contribuiu para a revelação de talentos e formação de novos atletas que, hoje, o reencontram na categoria adulta. É por esse caminho que o treinador quer retomar suas atividades no Brasil. "São duas frentes. A imediata, com bons resultados em curto prazo, como no Pan, e a garantia do futuro, cuidando dos atletas entre 13 e 15 anos. Quero ter ao meu lado pessoas que possam contribuir em todas as atividades que foram positivas da primeira vez. Os acampamentos e tudo o que for possível, será pensando nos Jogos Olímpicos de 2016."

Aos 49 anos, Jordi acumula rica bagagem na modalidade. Passou 19 anos na Liga Asobal, da Espanha, dirigiu a seleção da Argentina, organizou campus de handebol para cerca de 120 crianças de 10 a 15 anos, enquanto diretor da Federação Catalã, e participou de dois mundiais adultos e um júnior, além da Olimpíada de Pequim-2008, com o Brasil. Depois que deixou o Brasil, Jordi esteve por quatro anos à frente de equipes espanholas que disputam os principais campeonatos do país e foi, também, o responsável por um projeto da Federação Internacional de Handebol (IHF) em países como Guatemala e México, onde são expostas maneiras de fomentar o crescimento da modalidade, semelhante ao que já foi feito aqui. De acordo com a experiência adquirida em tantos anos, o treinador destacou que o principal fator necessário à consolidação do handebol brasileiro no cenário mundial é a conclusão do Centro de Treinamento da modalidade, projeto previsto para ficar pronto em meados de 2013, em São Bernardo do Campo (SP). "A ideia é que atletas de todo o País possam ter uma casa para trabalhar em período integral, manhã, tarde e noite."

Quatro anos se passaram e Jordi destacou a evolução da modalidade no Brasil. "Sei que muitos atletas que trabalharam comigo continuam hoje, com o meu estilo de enxergar o handebol. Mas muitas coisas extremamente positivas foram realizadas nesse tempo e fico feliz em ver o quanto a Seleção Masculina progrediu", elogiou. "É fundamental continuarmos esse processo, principalmente com os clubes dando sequência ao trabalho realizado na seleção. Tem que haver soma de esforços para caminharmos na mesma direção e todos enxergarmos o handebol da mesma maneira, tática e tecnicamente", completou.

Jordi chegou ao Brasil no dia 1º de junho e se reuniu com seus novos comandados na última terça-feira (5). O treinador convocou 20 atletas para a fase de treinamento até quarta (13) em São José dos Pinhais (PR), com o objetivo de selecionar 16 deles, que vão à Argentina para disputar o Pan-Americano de Seleções. Entre os jogadores, sete trabalharam com ele nos acampamentos quando eram juvenis: Matheus, Raul, Vinícius, Lucas, Wesley, Henrique Teixeira e Thiago. Além deles, alguns veteranos - Borges, Zeba e Japa - tiveram contato com o espanhol na categoria adulta. Essa mistura é uma das receitas do sucesso, pensando em 2016. "A maior parte dos atletas que chamei agora vai ficar para as Olimpíadas. Eles precisarão de tempo para competir em alto nível internacional. Para isso, necessitam dessa troca de experiência com os mais velhos. Essa combinação é fundamental."

Programação - treinamentos

Locais:

Ginásio Ney Braga (Rua Izabel Redentora, nº 2355 - Centro/São José dos Pinhais)

Viva Esporte Academia (Rua Padre Germano Mayer, nº 280 - Cristo Rei/Curitiba)

Horários:

Terça-feira (12) - academia das 11h às 12h30 e quadra das 18h às 20h

Quarta-feira (13) - quadra das 10h às 12h

Seleção Brasileira

Goleiros:

Andrey Fagundes - Unoesc/Orbenk/PMC (SC)

Leonardo Vial Tercariol - ADC Metodista/São Bernardo (SP)

Luiz Ricardo do Nascimento-Rick - ADC Metodista/São Bernardo (SP)

Armadores:

Fernando José Pacheco Filho-Zeba (armador-direito) - Esporte Clube Pinheiros (SP)

Gustavo Nakamura Cardoso (armador-esquerdo) - ADC Metodista/São Bernardo (SP)

Matheus Perrela Filho (armador-esquerdo) - Esporte Clube Pinheiros (SP)

Raul Nantes Campos (armador-esquerdo) - Academia Octavio Vigo (Espanha)

Thiagus Petrus (armador-esquerdo) - Naturhouse La Rioja (Espanha)

Centrais:

Diogo Kent Hubner - ADC Metodista/São Bernardo (SP)

Henrique Selicani Teixeira - ADC Metodista/São Bernardo (SP)

Thiago Roberto Torres dos Santos - TCC/Unitau/Unimed/Tarumã/Taubaté (SP)

Pontas:

André Martins Soares-Alemão (ponta-esquerda) - TCC/Unitau/Unimed/Tarumã/Taubaté (SP)

Felipe Borges (ponta-esquerda) - Reale Ademar León (Espanha) 

Gil Vicente (ponta-esquerda) - Unoesc/Orbenk/PMC (SC)

Rodolfo Rodrigues de Moraes-Cyborg (ponta-direita) - Unopar Fel/Sercomtel (PR)

Lucas Bendito Candido (ponta-direita) - TCC/Unitau/Unimed/Tarumã/Taubaté (SP)

Wesley Aparecido de Freitas (ponta-direita) - ADC Metodista/São Bernardo (SP)

Pivôs:

Emerson Santos Silva - Unimed/UEM/Maringá (PR)

Thiago Soares da Cruz - ADC Metodista/São Bernardo (SP)

Vinícius Santos Teixeira - ADC Metodista/São Bernardo (SP)

O BVA é o patrocindor da CBHb, a ASICS é a marca oficial do material esportivo, e a Penalty a fornecedora de bolas.