João Havelange deixa a Fifa pela porta dos fundos |
A
saída é estratégica. O relatório do Comitê de Ética da Fifa, divulgado
nesta terça, comprovou que Havelange, Ricardo Teixeira e Nicolás Leoz
receberam propinas relacionadas a venda de direitos de transmissão para a
Copa de 2002 e 2006. Com a renúncia, Havelange evita a punição de ser
expulso da entidade máxima do futebol mundial. Pelo mesmo motivo, ele
também já havia deixado o COI (Comitê Olímpico Internacional).
Ricardo
Teixeira, que deixou a Fifa e a CBF no final do ano passado, e Nicolás
Leoz, que renunciou ao cargo de vice-presidente na entidade máxima e
também à presidência da Conmebol na semana passada, também fogem de
punições.
Os três cartolas receberam milhões de
dólares em propinas entre 1992 e 2000 da empresa ISL por conta da
negociação da venda de direitos de transmissão para a Copa de 2002 e
2006. O relatório divulgado nesta terça-feira não fala e valores que os
dois teriam recebido, mas uma denúncia da BBC diz que Havelange e
Teixeira embolsaram cerca de R$ 45 milhões.
“Do dinheiro que foi repassado pela ISMM/ISL, é certo que uma quantia considerável foi canalizada para o ex-presidente da Fifa, Havelange, e para o seu genro Ricardo Teixeira e também para Nicolás Leoz sem que haja indícios de que tenha havido nenhum serviço em compensação. Esses pagamentos foram aparentemente feitos através de empresas de fachada para encobrir o verdadeiro destinatário e devem ser classificados como ‘comissões’, conhecidas hoje como ‘subornos’”, aponta o relatório.
“Do dinheiro que foi repassado pela ISMM/ISL, é certo que uma quantia considerável foi canalizada para o ex-presidente da Fifa, Havelange, e para o seu genro Ricardo Teixeira e também para Nicolás Leoz sem que haja indícios de que tenha havido nenhum serviço em compensação. Esses pagamentos foram aparentemente feitos através de empresas de fachada para encobrir o verdadeiro destinatário e devem ser classificados como ‘comissões’, conhecidas hoje como ‘subornos’”, aponta o relatório.
Quem
se livra de qualquer denúncia é Joseph Blatter, atual presidente da
Fifa. "Não há indicações de que Blatter tenha recebido qualquer comissão
da ISL. Também não há indicações de que Blatter esteja envolvido nos
pagamentos a Havelange, Teixeira e Leóz", aponta o relatório.
“O
que pode ser questionado é se Blatter sabia ou deveria saber que a ISL
fez pagamentos a membros da Fifa durante os anos que estava falindo.
Mas a conduta do presidente Blatter não poderia ser classificada de
forma alguma como má conduta no que diz respeito aos códigos de ética. A
conduta de Blatter pode ter sido desajeitada, mas não foi criminosa ao
antiética”, completa.
Blog do Adeylson Sousa com informações: do ESPN
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