Não que os dribles de Garrincha tenham voltado à vida no Engenhão. Longe disso. Mas o Botafogo, como nos tempos de Mané, colocou o adversário na roda. No aniversário de 30 anos da morte de um dos maiores ídolos do clube, o time de Oswaldo de Oliveira venceu o Duque de Caxias por 3 a 0 no Engenhão, na estreia no Campeonato Carioca. Andrezinho, Bolívar e Antônio Carlos fizeram os gols. A homenagem a Garrincha, oficialmente, foi apenas um minuto de silêncio antes do jogo. Mas houve espaço para bem mais ao longo dos 90 minutos.
Difícil dizer que o Duque de Caxias entrou em campo. Talvez só mesmo o forte tom alaranjado de sua camisa tenha chamado a atenção. De resto, foram 11 espectadores privilegiados. Sem o ídolo Seedorf, poupado, a envolvente troca de passes coube ao trio Fellype Gabriel, Andrezinho e Lodeiro deixou tonto o adversário. O buraco pelo lado esquerdo da zaga do Duque era um convite. Edílson e Fellype Gabriel não se cansaram de aparecer nessa brecha e lançar a bola para a área. Em uma delas, aos 14 minutos, a rebatida sobrou para Marcelo Mattos, que chutou de primeira e assustou o goleiro Fernando. Era o Botafogo, mané. Ou melhor, o Botafogo em dia de homenagem a Mané.
Entre algumas faixas em homenagem ao ídolo na arquibancada, a torcida botafoguense só tremeu na cadeira três minutos depois, quando Bolívar fez graça ao tocar de calcanhar. A bola parou nos pés de Charles Chad, que chutou rente à trave esquerda de Jefferson. Então, o Botafogo resolveu decidir a fatura e deu início ao massacre. A troca de passes no meio de campo aumentou, de um lado para o outro, com jogadas pela linha de fundo. Em uma delas, o time conseguiu um escanteio. Lodeiro cobrou, a bola sobrou limpa para Andrezinho em frente à área. Sem perdão, o camisa 17 dominou no peito e chutou com o peito do pé. A bola ainda desviou levemente no zagueiro Sérgio Raphael antes de entrar. 1 a 0, aos 24 minutos da primeira etapa.
Quatro minutos depois, novo escanteio e a redenção de Bolívar. Estreante da noite, o zagueiro mergulhou no meio da área adversária após escanteio de Andrezinho e, de cabeça, estufou a rede adversário. 2 a 0. A cada jogada pelo lado direito, a torcida levantava. Talvez uma reverência insconsciente à faixa do campo de que Mané mais gostava. E o terceiro gol veio mesmo por ali. Em jogada ensaiada, Lodeiro cobrou falta para Fellype Gabriel, que achou Andrezinho justamente na ponta...direita. O meia cruzou rasteiro, a bola beliscou chuteiras adversárias, mas encontrou mesmo os pés de Antônio Carlos, que a colocou no fundo da rede, aos 35 minutos. A nota tiste ficou apenas pela saída de precoce de Renato, com dores na coxa esquerda, para a entrada de Cidinho. O time desceu o campo sob aplausos. Talvez, mesmo, como nos tempos de um tal Mané.
Na volta do vestiário, o Botafogo diminuiu o ritmo diante da vantagem construída. O técnico do Duque, Josué Teixeira, enxergou o buraco no lado esquerdo e trocou o lateral Pedro Júnior por Dudu. Pouco adiantou. Assim que se sentiu com menos domínio na partida, o Botafogo passou a insistir pelo lado direito. Em boa jogada pelo lado direito, o lateral Gilberto driblou dois jogadores e chutou rente à trave esquerda de Fernando. Ao fundo, a faixa da torcida dizia "Impossível te esquecer, Garrincha". Um tanto quanto sugestivo.
BOTAFOGO: Jefferson; Gilberto, Bolívar, Antônio Carlos (Rodrigo Defendi) e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos, Renato (Cidinho), Fellype Gabriel (Rodrigo Dantas), Lodeiro e Andrezinho; Henrique
Difícil dizer que o Duque de Caxias entrou em campo. Talvez só mesmo o forte tom alaranjado de sua camisa tenha chamado a atenção. De resto, foram 11 espectadores privilegiados. Sem o ídolo Seedorf, poupado, a envolvente troca de passes coube ao trio Fellype Gabriel, Andrezinho e Lodeiro deixou tonto o adversário. O buraco pelo lado esquerdo da zaga do Duque era um convite. Edílson e Fellype Gabriel não se cansaram de aparecer nessa brecha e lançar a bola para a área. Em uma delas, aos 14 minutos, a rebatida sobrou para Marcelo Mattos, que chutou de primeira e assustou o goleiro Fernando. Era o Botafogo, mané. Ou melhor, o Botafogo em dia de homenagem a Mané.
Entre algumas faixas em homenagem ao ídolo na arquibancada, a torcida botafoguense só tremeu na cadeira três minutos depois, quando Bolívar fez graça ao tocar de calcanhar. A bola parou nos pés de Charles Chad, que chutou rente à trave esquerda de Jefferson. Então, o Botafogo resolveu decidir a fatura e deu início ao massacre. A troca de passes no meio de campo aumentou, de um lado para o outro, com jogadas pela linha de fundo. Em uma delas, o time conseguiu um escanteio. Lodeiro cobrou, a bola sobrou limpa para Andrezinho em frente à área. Sem perdão, o camisa 17 dominou no peito e chutou com o peito do pé. A bola ainda desviou levemente no zagueiro Sérgio Raphael antes de entrar. 1 a 0, aos 24 minutos da primeira etapa.
Quatro minutos depois, novo escanteio e a redenção de Bolívar. Estreante da noite, o zagueiro mergulhou no meio da área adversária após escanteio de Andrezinho e, de cabeça, estufou a rede adversário. 2 a 0. A cada jogada pelo lado direito, a torcida levantava. Talvez uma reverência insconsciente à faixa do campo de que Mané mais gostava. E o terceiro gol veio mesmo por ali. Em jogada ensaiada, Lodeiro cobrou falta para Fellype Gabriel, que achou Andrezinho justamente na ponta...direita. O meia cruzou rasteiro, a bola beliscou chuteiras adversárias, mas encontrou mesmo os pés de Antônio Carlos, que a colocou no fundo da rede, aos 35 minutos. A nota tiste ficou apenas pela saída de precoce de Renato, com dores na coxa esquerda, para a entrada de Cidinho. O time desceu o campo sob aplausos. Talvez, mesmo, como nos tempos de um tal Mané.
Na volta do vestiário, o Botafogo diminuiu o ritmo diante da vantagem construída. O técnico do Duque, Josué Teixeira, enxergou o buraco no lado esquerdo e trocou o lateral Pedro Júnior por Dudu. Pouco adiantou. Assim que se sentiu com menos domínio na partida, o Botafogo passou a insistir pelo lado direito. Em boa jogada pelo lado direito, o lateral Gilberto driblou dois jogadores e chutou rente à trave esquerda de Fernando. Ao fundo, a faixa da torcida dizia "Impossível te esquecer, Garrincha". Um tanto quanto sugestivo.
O Duque de Caxias até tentou, mas Jefferson fez boas defesas em dois chutes de Charles Chad. Outro estreante da noite pelo Botafogo, o atacante Henrique pouco foi notado, muito recuado. No mais, a estreia alvinegra ficou por aí. Adversário na roda, aplausos da arquibancada, jogadas pela direita e faixas de homenagem. Lá de cima, certamente, Mané ficou orgulhoso com o que viu.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 3X0 DUQUE DE CAXIAS
Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 20 de janeiro de 2013, domingo
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: André Rodrigo Rocha
Assistentes: Rodrigo Pereira Jóia e Daniel Pereira
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 3X0 DUQUE DE CAXIAS
Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 20 de janeiro de 2013, domingo
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: André Rodrigo Rocha
Assistentes: Rodrigo Pereira Jóia e Daniel Pereira
Cartões amarelos: Henrique e Andrezinho (BOT) e Jefinho e Marcus Vinicius (DUQ)
Gols: Andrezinho, aos 24 minutos; Bolívar, aos 28 minutos; e Antônio Carlos, aos 35 minutos do primeiro tempo.
Renda e público: 4.690 pagantes / R$ 119.710,00
BOTAFOGO: Jefferson; Gilberto, Bolívar, Antônio Carlos (Rodrigo Defendi) e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos, Renato (Cidinho), Fellype Gabriel (Rodrigo Dantas), Lodeiro e Andrezinho; Henrique
Técnico:Oswaldo de Oliveira
DUQUE DE CAXIAS: Fernando; Jefinho, Paulão Sérgio Raphael e Pedro Júnior (Dudu); Renan Silva, André Gomes, Marcus Vinicius e Carlos Alberto (Leandro Cruz); Thiago Souza e Charles Chad (Rafinha).
Técnico: Josué Teixeira
DUQUE DE CAXIAS: Fernando; Jefinho, Paulão Sérgio Raphael e Pedro Júnior (Dudu); Renan Silva, André Gomes, Marcus Vinicius e Carlos Alberto (Leandro Cruz); Thiago Souza e Charles Chad (Rafinha).
Técnico: Josué Teixeira
- Postado
por Juarez Alves
- Sigam-me no Twitter : @Juarez_Sports
- Fonte: ESPN
0 comentários:
Postar um comentário