25-11-2012
O meia Paulo Henrique Ganso atuou como titular pela primeira vez na equipe do São Paulo, neste domingo, em confronto diante da Ponte Preta, em Campinas. O ex-jogador do Santos, porém, não teve uma atuação de destaque, acabou substituído no segundo tempo por Canete e não conseguiu ajudar o São Paulo a obter uma vitória. Em um duelo com pouco brilho, os times tiveram que se contentar com um empate em 0 a 0.
Pensando na semifinal da Copa Sul-Americana, diante da Universidad Católica, o técnico Ney Franco poupou os seus titulares neste domingo. Na competição continental, o São Paulo empatou o primeiro duelo diante dos chilenos, fora de casa, em 1 a 1. O confronto de volta acontece na quarta-feira, no Morumbi. Pelo Campeonato Brasileiro, o São Paulo faz a sua última partida no domingo, no Pacaembu, diante do Corinthians. Já a Ponte Preta encara a Portuguesa, no mesmo dia, no Canindé.
O time dirigido por Ney Franco continua na quarta colocação na tabela, agora com 63 pontos ganhos. Por sua vez, a Ponte Preta almeja justamente a classificação para a Sul-americana da próxima temporada. O time de Campinas, que se livrou do rebaixamento para a Série B com antecedência, totaliza 47 pontos no Brasileiro.
O jogo
Mesmo sem aspirações no Campeonato Brasileiro, o São Paulo entrou em campo animado por sua torcida, que foi em bom número ao Moisés Lucarelli. Paulo Henrique Ganso era o centro das atenções. Sorridente, o meia avisou que ainda não se sente em perfeitas condições físicas, porém estava disposto a demonstrar um futebol alegre.
A alegria já estava presente entre os torcedores da Ponte Preta. Satisfeito com a campanha da equipe na Série A e com o rebaixamento do rival Guarani para a Série C, o público alvinegro cantou alto desde o início da partida. O zagueiro Ferron, que vestiu a camisa 100 para celebrar o seu centésimo jogo pelo clube, tinha um motivo a mais para se motivar contra o São Paulo. “Quero coroar a data com a vitória”, afirmou.
A disposição alardeada por Ganso, Ferron e pelos demais jogadores não foi suficiente para deixar a partida vistosa nos primeiros minutos. Os dois times trocaram passes excessivamente e apostaram em chutes de longa distância para encurtar o caminho para o gol. O melhor deles saiu dos pés de Maicon, aos dez minutos, e parou em um tapa do goleiro Edson Bastos.
Na sequência, Casemiro teve uma das poucas chances de gol do primeiro tempo. O volante tabelou com Willian José na entrada da área e chutou forte. No rebote de Edson Bastos, ficou sozinho dentro da área, mas isolou a bola e virou alvo de piadas dos ponte-pretanos. As gozações mudaram de lado pouco depois. Revelado pela Ponte Preta, o goleiro Denis deixou no chão o antigo centroavante são-paulino Roger com um drible e divertiu a torcida tricolor.
Ganso também queria fazer festa dos são-paulinos em Campinas. Aos 26 minutos, o meia ficou com a bola dentro da área da Ponte Preta e concluiu sem força na tentativa de encobrir Edson Bastos, que defendeu com facilidade. Dez minutos depois, ele errou um passe e armou uma boa investida dos donos da casa. Roger foi acionado dentro da área, girou e esbarrou em Dênis.
Entusiasmada pela chance de gol e pela cantoria de seus torcedores, a Ponte pressionou o São Paulo nos últimos minutos da etapa inicial. Foi a vez de o zagueiro Edson Silva aparecer, com intervenções importantes em uma série de levantamentos na área. O volume de jogo do time mandante incomodou os visitantes.
“Vamos tentar melhorar. Ainda é a primeira partida do Ganso como titular. Ele está se adaptando aos poucos”, disse Willian José ao deixar o campo.
No intervalo, o técnico Ney Franco decidiu facilitar um pouco mais o trabalho de Ganso e Willian José. Sacou Henrique Miranda, deslocou Cícero para a lateral esquerda e reforçou o ataque com a entrada de Ademilson. O jogo ficou aberto após a alteração. Tanto é que Roger, aos dez minutos, recebeu passe de Rildo, bateu rasteiro e acertou a trave. Nikão e Cicinho também tiveram espaço para chutar a gol, mas estavam com pior pontaria.
Com a melhora da Ponte Preta, Ney Franco não esperou muito para mexer novamente em sua equipe. Paulo Henrique Ganso foi o escolhido para ceder lugar a Cañete. Já com o argentino no gramado, aos 13 minutos, o São Paulo assustou o adversário: Ademilson enfrentou a marcação, avançou para dentro da área e bateu cruzado. A bola passou muito perto da meta.
Como o São Paulo (também com Lucas Farias na vaga de Willian José) ficou mais presente no ataque, o técnico Guto Ferreira também mudou o seu time. Nikão mostrou insatisfação ao ceder vaga para Uendel. Rildo deu lugar a Rossi. E Roger, muitas vezes contestado, desta vez ouviu aplausos e elogios ao sair para a entrada de Giancarlo. Beijou o escudo da Ponte Preta como retribuição.
As mudanças, contudo, resumiram-se às formações das duas equipes. O placar permaneceu inalterado até o apito final do árbitro Luiz Flávio de Oliveira. O que também não representou grande modificação para Ponte Preta e São Paulo na tabela do Campeonato Brasileiro.
FICHA TÉCNICA:
PONTE PRETA 0 X 0 SÃO PAULO
Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
Data: 25 de novembro de 2012, domingo
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Anderson José Coelho e Danilo Simon Manis (ambos de SP)
Cartão amarelo: Paulo Assunção (São Paulo)
PONTE PRETA: Edson Bastos; Cicinho, Cleber, Ferron e João Paulo; Baraka, Wendel, Renê Júnior e Nikão (Uendel); Rildo (Rossi) e Roger (Giancarlo)
Técnico: Guto Ferreira
SÃO PAULO: Denis; Douglas, João Filipe, Edson Silva e Henrique Miranda (Ademilson); Paulo Assunção, Casemiro, Maicon, Ganso (Cañete) e Cícero; Willian José (Lucas Farias)
Técnico: Ney Franco
Fonte: ESPN
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