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sábado, 1 de setembro de 2012

Doloroso adeus de Riquelme



O Boca Juniors deixou passar uma chance histórica no dia 4 de julho de 2012: coroar-se campeão de sua sétima Copa Santander Libertadores e se igualado, em número, ao Independiente – maior vencedor da competição. Enquanto isso, o Corinthians foi um vencedor justo, mas que não será lembrado pelo futebol que desempenhou. Por outro lado, sua torcida festejará eternamente a primeira vez que se sagrou campeã da América.
A equipe argentina fez um bom campeonato. Engrandeceu-se. O 0 a 0 contra o Zamora (Venezuela) e o escândalo que se seguiu, no aeroporto, quando o técnico Julio César Falcioni teria se desentendido com alguns jogadores, ficou para trás graças à atuações Xeneizes que vieram depois. Contra o Fluminense, fora de casa, ainda na fase de grupos, Unión Española (oitavas de final), Universidad de Chile (jogo de ida na Bombonera) e outras ocasiões.
Sem brilho (exceto por alguns momentos), o Boca era o melhor time da Copa. Se a final tivesse sido contra o Santos, talvez o desfecho da história fosse outro. Isto porque o Peixe é uma equipe que “joga mais”, que sai para buscar o resultado e se arrisca mais. Sim, Neymar e companhia podem acabar com o jogo em qualquer momento, porém, na defesa, o time não tinha tantas garantias.
No entanto, isso não se escolhe.
O time se encontrou com o Timão, invicto e com apenas três gols sofridos! Falcioni não soube como jogar contra uma equipe assim. No primeiro jogo da final, o Boca foi muito melhor que seu rival. Um time brasileiro que optava por jogar todo atrás, despachando bolas que poderiam ser tocadas tranquilamente para algum companheiro, assombrou quem esteve naquele dia na Bombonera.
Os donos da casa abriram o placar aos 78 minutos e já mereciam estar com um resultado mais cômodo. Porém, não souberam segurar este 1 a 0 e Matías Caruzzo, que fazia grande partida, jogando no lugar de um importante Juan Insaurralde, equivocou-se no final e “deixou de fazer uma falta tática”, o que permitiu a Romarinho se aproveitar da lenta saída de Agustín Orion, para empatar em 1 a 1, e ganhar ALI o título da Libertadores.
Com esse resultado, o Corinthains pôde fazer seu jogo no Brasil: esperar, não arriscar e buscar o erro do rival (algo frequente no Boca). Além disso, o time xeneize estava muito cansado por estar participando, praticamente com a mesma equipe, do Campeonato Argentino e da Copa da Argentina. As pernas pesavam!
No dia da decisão, nada deu certo para o Boca. O fato do capitão do time, Juan Román Riquelme, ter exigido a atuação de Facundo Roncaglia, jogador que havia marcado o gol na Bombonera, mas que estava proibido de jogar em função do término de seu contrato, não pegou bem. O clima não era bom e piorou quando começaram a pipocar os boatos, horas antes do duelo, de que aquela partida seria a última do camisa 10.
Por acaso, seus companheiros de clube sabiam desta notícia? Isso só eles podem responder.
O que se sabe é que o time jogou muito mal no Pacaembu, sua pior partida em muito tempo.
Quando Riquelme é neutralizado, o potencial do Boca diminui 25% do total. Santiago Silva mais uma vez não foi substituído e Lucas Viatri, que no jogo de ida havia acertado uma cabeçada na trave com apenas 10 minutos em campo, esquentava o banco de reservas. Variantes para o jogo? Nenhuma. Nenhuma chance para Juan Sánchez Minõ, a grande promessa do clube, que foi um jogador chave em partidas anteriores. Não houve ideias e não houve pernas.
E o Corinthians tomou proveito disso, a partir de um erro em uma bola parada e em um passe de Rolando Schiavi. Emerson parecia Ronaldo (não o Cristiano, craque português, mas o Fenômeno). Não era possível pará-lo com os pés e nem com a língua, que foi muito usada para provocar os xeneizes.
O Corinthians foi um campeão justo porque soube jogar contra um Boca desorientado, que teve sua pior derrota: não no resultado da partida, mas no que aconteceu depois, quando Riquelme confirmou os rumores de antes do jogo e deu adeus ao clube. Daí em diante, a derrota por 2 a 0 ficou para trás e, na Argentina, só se falava da saída do 10.
Cerca de 15 mil pessoas se mobilizaram, pedindo para Riquelme ficar e exigindo a saída do treinador Falcioni e de alguns dirigentes do time.
Por isso, aquele 4 de julho ficará marcado para os “bosteros” como o dia em que Emerson e companhia deixaram pelo caminho o Boca e por ter sido último “romance” de Riquelme com a “azul e ouro”.
Postado por Juarez Alves
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Fonte: FOX SPORTS

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