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domingo, 22 de julho de 2012

Brasileiro Série A 2012: Ataque reserva decide, São Paulo bate combalido Figueirense e vence a primeira com Ney Franco



São -paulino Ademilson celebra o gol que fez logo no início do jogo em Florianópolis
São-paulino Ademilson celebra o gol que fez logo no início do jogo em Florianópolis; Willian José, atrás, anotou o segundo 

Com esquema à la Milton Cruz e oportunismo dos atacantes reservas Ademilson e Willian José. Foi assim que o São Paulo superou o combalido Figueirense por 2 a 0 na tarde deste domingo no estádio Orlando Scarpelli, em duelo válido pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, e, enfim, chegou ao seu primeiro triunfo sob o comando de Ney Franco.

Depois de um empate e uma derrota, o treinador decidiu apostar no 3-5-2, formação que dera certo com o interino em duas partidas antes de ele assumir. A proteção à zaga aumentou, e o time praticamente não correu riscos atrás. 

Na frente, a expectativa ficara por conta dos atacantes reservas por conta das baixas de Luis fabiano e Osvaldo por problemas físicos. E eles deram conta. Logo a um minuto de partida, Denilson pegou rebote da zaga e chutou forte, na sobra, o novato Ademilson mostrou oportunismo e mandou para as redes. 

Na etapa final, quase com o cronômetro batendo em 45 minutos, Willian José aproveitou contra-ataque e ampliou a vantagem, anotando seu primeiro gol no Brasileiro. Emocionado, chegou a chorar na comemoração.

Foi a segunda vitória do São Paulo fora de casa, já que antes já havia batido o Cruzeiro em Minas Gerais, sob o comando de Milton Cruz.

O Figueirense, que deve anunciar Adilson Batista como treinador, ainda jogou parte do segundo tempo com um atleta a menos, por conta da expulsão do zagueiro Fred. Pelo lado paulista, o zagueiro João Filipe levou o terceiro amarelo e não atuará na próxima partida.  

Com o resultado, o São Paulo chegou a 19 pontos e à quinta colocação, ficando perto do grupo que garante vaga na Libertadores. Já o Figueirense, que demitira o técnico Argel Fuchs durante a semana, cai da 17ª para a 18ª posição e continua na zona de rebaixamento com apenas oito pontos.  

As duas equipes voltam a campo já na próxima quarta-feira, pela 12ª rodada do Brasileiro. Enquanto o Figueirense receberá o Internacional no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, às 19h30, o São Paulo visitará o Atlético-GO um pouco mais tarde, às 21h50, em Goiânia, no Serra Dourada.

O jogo – A alma que Ney Franco cobrou do time apareceu logo na saída de bola. O São Paulo passou o primeiro minuto da partida tocando bola com rapidez entre sua intermediária ofensiva e a meta de Wilson buscando espaços diante de um Figueirense completamente assustado com um ritmo tão frenético.

Não demorou para que uma bola invertida na lateral direita chegasse limpa para Denilson chutar da meia-lua. O arremate saiu mascado, mas a sorte parecia mesmo estar diferente. Pingando, fraca, a bola encontrou Ademilson sem nenhuma marcação e em posição legal para só escorar com o pé no canto direito de Wilson, aos 50 segundos de jogo.
O Figueirense não teve nem tempo de entender como seu rival jogaria. E ficou ainda mais perdido com o nervosismo causado pelo gol-relâmpago. E o Tricolor pôde mostrar que obedecia Ney Franco à risca, com disposição para marcar já no campo de ataque cada adversário de perto. Muitas vezes, eram dois atletas do time visitante para desarmar um rival.

Na parte tática, o São Paulo aproveitou o 3-5-2. Douglas e Cortez tinham toda a liberdade para serem alas ou até pontas. Como raramente eram marcados, apareciam sem marcação até pelo meio, também por favorecimento da constante movimentação de Jadson, Ademilson e Willian José, tudo bem organizado por Maicon vindo de trás.

Quando os anfitriões tentavam pressionar, eram prejudicados pela péssima atuação do meia Almir, que errava quase todos os passes, e encontravam em Douglas e Cortez adversários com disposição para, correndo na recomposição, transformarem o 3-5-2 em um 5-3-2, ficando na mesma linha do trio de zagueiros.

Estava tão tranquilo que o São Paulo se empolgou ao optar por adiantar seu jogo para evitar qualquer tentativa de pressão. Foi tão á frente que, em uma jogada, Rhodolfo errou no ataque e, na sequência, João Filipe falhou na defesa. Embora o Figueirense não demonstrasse qualidade para assustar, os comandados de Ney Franco optaram por ouvir o chefe, que pedia calma, e diminuiu o ritmo a ponto de tornar o jogo lento.

A necessidade de mudança, entretanto, estava com o interino Abel Ribeiro, no banco da equipe de Florianópolis. E o ex-auxiliar do recém-demitido Argel Fucks optou por trocar o confuso Almir pelo atacante Roni. Ganhou movimentação e a chance de, realmente, apertar o Tricolor em seu campo de defesa. Logo aos dois minutos, Júlio César só não marcou porque não chutou com força suficiente para superar Denis.

Se apertava na frente, faltava ao Figueirense organização na defesa, tanto que muitas vezes os rápidos Jadson, Ademilson e Willian José tinham só os dois zagueiros para pará-los. E a forma usada por defensores foi cometendo faltas, umas delas, punida por cartão, foi de Fred e tirou Ademilson do jogo por lesão.

Aos 13 minutos, mais um susto para os são-paulinos, que só não sofreram o gol porque Rhodolfo estava na linha do gol ao lado de João Filipe e Rafael Toloi para compensar uma saída errada e um escorregão de Denis. Foi quando Denilson assumiu a responsabilidade de levar a bola ao ataque para desafogar, fazendo função que seria de Maicon, outro a sair machucado.

Quando o Figueirense descobriu que poderia ter chance com a velocidade de caio sobre João Filipe, Ney Franco trocou o zagueiro por Edson Silva. E Fred tratou de reduzir todas as esperanças ao ser expulso em falta boba, quase arrancando a camisa de Cortez em jogada sem perigo no meio-campo. Levou o segundo amarelo e foi expulso.

Com um a menos, o Figueira ainda encontrou um adversário que aliou bem confiança e inteligência para, diferentemente do que ocorreu contra o Palmeiras há uma semana, saber usar a superioridade numérica. Tocando a bola até o apito final, o time garantiu a sua primeira vitória sob o comando de Ney Franco. A rapidez só voltou quando Rafinha puxou contra-ataque aos 48 minutos, deixando para Willian José fechar o placar.

FICHA TÉCNICA
FIGUEIRENSE 0 X 2 SÃO PAULO

Local: estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC)
Data: 22 de julho de 2012, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Marcio Eustaquio Santiago (Fifa-MG) e Jose Chaves Franco Filho (RS)
Assistentes adicionais: Francisco Santos Silva Neto e Marcio Brum Coruja (ambos do RS)
Cartões amarelos: Anderson Conceição, Túlio e Pittoni (Figueirense); Willian José, João Filipe e Edson Silva (São Paulo)
Cartão vermelho: Fred (Figueirense)
Gols: SÃO PAULO: Ademilson, aos 50 segundos do primeiro tempo; Willian José, aos 48 minutos do segundo tempo

FIGUEIRENSE: Wilson; Coutinho (Aloísio), Fred, Anderson Conceição e Guilherme Santos; Túlio, Doriva, Pittoni e Almir (Roni); Caio e Júlio César (Canuto)
Técnico: Abel Ribeiro (interino)
SÃO PAULO: Denis; João Filipe (Edson Silva), Rafael Toloi e Rhodolfo; Douglas, Denilson, Maicon (João Schmidt), Jadson e Cortez; Ademilson (Rafinha) e Willian José
Técnico: Ney Franco



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