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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Botafogo sofre com próprio 'veneno', toma virada do Cruzeiro em 6 minutos e deixa a ponta



‘Rei das viradas’ neste começo de Brasileiro, o Botafogo sofreu com o próprio ‘veneno’ nesta quinta-feira e não é mais líder da competição. Jogando em casa, o time alvinegro vencia por 2 a 0, mas sofreu um ‘apagão’ e, em apenas 6 minutos, cedeu a virada por 3 a 2 para o Cruzeiro. 

Amaral, contra, e Herrera marcaram para o Botafogo, e a torcida já comemorava mais uma vitória e a liderança do Brasileiro. O problema é que o Cruzeiro acordou. Aos 28, Anselmo Ramón diminuiu. Dois minutos depois, foi a vez de Everton marcar e igualar o placar. Aos 34, o golpe final. Montillo recebeu na área e foi derrubado pelo goleiro Milton Raphael. Na cobrança, Wellington Paulista garantiu a virada.
O Botafogo havia vencido de virada as duas partidas que fez no Brasileiro, contra São Paulo e Coritiba, e era líder da competição. O resultado tira a invencibilidade dos cariocas e ainda ‘derruba’ a equipe para a quarta posição, com seis pontos ganhos, três a menos que o líder Vasco.

Do outro lado, o Cruzeiro conhece apenas a sua primeira vitória neste brasileiro. O time mineiro havia empatado seus dois jogos – contra Atlético-GO e Náutico – e agora já chega a cinco pontos, na oitava colocação.

O Cruzeiro mudou bastante com as alterações de Celso Roth no segundo tempo. No intervalo, o recém-contratado Fabinho fez a sua estreia e mudou bastante o ritmo celeste em campo. Depois de tomar o segundo, o técnico ainda colocou Anselmo Ramón e Everton, justamente os jogadores que garantiriam os gols de empate.

Os dois times voltam a campo no domingo e enfrentam pernambucanos. O Cruzeiro tenta embalar recebendo o Sport. Já o Botafogo vai até os Aflitos para medir forças com o Náutico e tentar se recuperar na competição.


O jogo
Diante de um público muito pequeno, o Botafogo começou a partida no ataque e Herrera deu o primeiro chute a gol antes de completar o primeiro minuto. Mesmo escalado com quatro volantes, o Cruzeiro tentava dificultar a armação da equipe carioca executando uma marcação forte na intermediária. O gramado encharcado devido às chuvas que estão caindo no Rio de Janeiro impediam que os times desenvolvessem um estilo de jogo mais veloz.

Aos sete minutos, o primeiro momento de emoção. Vítor Júnior arrancou da direita para o meia e bateu cruzado. A bola bateu na rede pelo lado de fora e assustou o goleiro Fábio. O lance animou a equipe carioca e, aos nove minutos, Vítor Júnior lançou Herrera, que entrou pela esquerda e chutou para grande defesa de Fábio.

O time de General Severiano passou a pressionar, utilizando os laterais Lucas e Márcio Azevedo para apoiar o ataque, enquanto o Cruzeiro, com quatro volantes, não conseguia organizar jogadas ofensivas. Aos 17 minutos, o Cruzeiro criou sua primeira jogada ofensiva. Montillo entrou pela direita e cruzou para Wellington Paulista, que caiu na área ao tentar passar por Lucas, mas o árbitro não marcou o pênalti pedido pelos mineiros.

Aos 19 minutos, Herrera foi lançado na área, tocou de bico e obrigou Fábio a mandar para escanteio. O primeiro gol saiu justamente após a cobrança de escanteio de Vitor Júnior, pelo lado direito do ataque botafoguense. A bola viajou até o primeiro pau, Diego Renan deu um desvio muito leve na bola e acabou atrapalhando a vida de Amaral, que aparecia para cortar para a linha de fundo e acabou mandando para o fundo da rede.

Aos 24 minutos, o Botafogo perdeu uma chance incrível de ampliar quando Lucas, após tabelar com Vítor Júnior, colocou Herrera em condições de marcar mas o atacante argentino, livre na pequena área, errou na conclusão e mandou a bola para fora.

Só aos 26 minutos é que a equipe mineira desferiu seu primeiro chute a gol, mas o chute de Wellington Paulista foi facilmente defendido pelo estreante Milton Raphael. O argentino Montillo não conseguia aparecer na partida porque o sistema de Celso Roth o obrigava a atuar muito avançado, quase sem espaço para realizar as jogadas habituais, principalmente porque recebia marcação cerrada do volante Jadson.

Aos 37 minutos, o Botafogo fez a bola circular pela intermediária até que Lucas cruzou para a entrada do volante Jadson, que chutou por cima da trave defendida por Fábio. Aos 43 minutos, novamente o goleiro cruzeirense apareceu bem, defendendo um chute do lateral Lucas.

O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com o atacante Fabinho, ex-Guarani, no lugar do volante Souza. Com a mudança, Montillo passou a atuar mais recuado como costumava fazer em outras temporadas. E aos quatro minutos, Fabinho recebeu bom passe de Montillo e chutou rasteiro para boa defesa de Milton Raphael.

A resposta alvinegra veio em jogada individual de Maicosuel que se livrou de três adversários e lançou para Herrera, que chutou muito mal, desperdiçando a oportunidade. O Cruzeiro mostrava mais disposição ofensiva e o Botafogo tentava se aproveitar da pressão mineira para sair em velocidade com Maicosuel e Vítor Júnior. Aos 14 minutos, Jadson apareceu no ataque, mas sua finalização foi bem defendida por Fábio.

O time dirigido por Celso Roth pressionava, e Milton Raphael teve a chance de aparecer aos 18 minutos para mandar para escanteio uma bola levantada pelo lateral Marcelo Oliveira. Aos 20 minutos foi a vez de Tinga receber bom passe de Charles dentro da área, mas a conclusões foi muito ruim.

Quando tudo indicava que o Cruzeiro chegaria ao empate, o Botafogo marcou o segundo gol aos 24 minutos. Renato roubou uma bola no meio de campo e tocou para Vitor Júnior. O meia viu a arrancada de Herrera e rapidamente fez um belo lançamento. O argentino entrou tranquilo na área e bateu no canto do goleiro Fábio para marcar o seu quarto gol no campeonato. Herrera ainda se igualou a Alecsandro como artilheiro deste início de competição.

O Cruzeiro partiu para o tudo ou nada e criou três chances seguidas para marcar. Fabinho acertou a trave e Anselmo Ramon obrigou o goleiro Milton Raphael a se empenhar. A insistência do time visitante acabou resultando no primeiro gol aos 28 minutos. Após cruzamento da direita, Mateus tocou na bola e Anselmo Ramon, de cabeça, desviou para a rede.

Um minuto depois, o Cruzeiro empatou. Anselmo Ramon cruzou da direita e Everton mergulhou e meteu a cabeça para empatar a partida. O Botafogo se perturbou completamente o Cruzeiro chegou ao terceiro gol aos 34 minutos. Montillo foi derrubado na área e Wellington cobrou a penalidade com categoria para colocar o time mineiro na frente.

Em desvantagem, o time de General Severiano partiu de forma desesperada para buscar o gol de empate, mas o Cruzeiro soube segurar o resultado e voltar a vencer o Botafogo no Rio de Janeiro depois de 19 anos.

FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 2 X 3 CRUZEIRO

Local:
 Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ) 
Data: 7 de junho de 2012 (Quinta-feira) 
Horário: 21 horas (de Brasília) 
Árbitro: Fabrício Neves Correa (RS) 
Assistentes: Tatiana de Freitas (Fifa-RS) e José Eduardo Calza (RS) 
Cartões Amarelos: Fábio Ferreira, Jadson, Milton Raphael (Botafogo); Montillo, Diego Renan, Mateus e Charles (Cruzeiro)
Gols: BOTAFOGO: Amaral (contra) aos 20 minutos do primeiro tempo e Herrera aos 24 minutos do segundo tempo
CRUZEIRO: Anselmo Ramon aos 28, Everton aos 30 e Wellington Paulista aos 34 minutos do segundo tempo

BOTAFOGO: Mílton Raphael; Lucas, Fábio Ferreira, Brinner e Márcio Azevedo; Jadson, Renato, Andrezinho (Elkeson), Vítor Júnior e Maicosuel; Herrera. Técnico: Oswaldo de Oliveira

CRUZEIRO: Fábio; Diego Renan, Léo, Mateus e Marcelo Oliveira (Everton); Amaral, Charles, Tinga (Anselmo Ramon) e Souza (Fabinho); Montillo e Wellington Paulista. Técnico: Celso Roth





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