Depois de três derrotas consecutivas, o São Paulo conseguiu a sua reabilitação no Campeonato Brasileiro. Neste sábado, o time comandado por Ney Franco contou com a volta de Lucas, que estava com a seleção brasileira, e derrotou a Ponte Preta por 3 a 0 no Morumbi, em duelo válido pela 18ª rodada da competição nacional. Lucas, aliás, foi o responsável por fazer o segundo gol da equipe. Rogério Ceni, de pênalti, abriu o caminho para a tranquila vitória são-paulina, enquanto Osvaldo anotou um golaço no fim do duelo para dar números finais à partida.
Com o resultado positivo, o São Paulo chega aos 28 pontos na tabela, na sexta posição, ficando mais perto do G-4. Já a Ponte Preta, que perdeu em casa para o Bahia na última rodada, estaciona nos 20 pontos, preocupada com a aproximação em relação à zona de rebaixamento.
Na última rodada do primeiro turno, o São Paulo faz clássico com o Corinthians, domingo, no Pacaembu. Antes, porém, o time de Ney Franco joga pela Copa Sul-Americana, tentando confirmar a sua classificação diante do Bahia. Já a Ponte Preta atua no sábado, contra a Portuguesa, em Campinas.
O jogo
Ele foi o mais aplaudido pela torcida quando o locutor do estádio do Morumbi anunciou a escalação do São Paulo. Também se transformou no principal alvo de repórteres quando a equipe comandada por Ney Franco subiu em campo. Assim que a partida contra a Ponte Preta começou, Lucas se encarregou de justificar as expectativas.
O meia-atacante são-paulino e futuro jogador do Paris Saint-Germain, da França, deu um bom passe para Ademilson e uma série de dribles que resultaram em um chute para fora logo em sua primeira aparição no jogo. A vontade de Lucas de colaborar com o time era tamanha que, logo em seguida, ele foi advertido com um cartão amarelo por falta dura em Rildo.
Mas os lances negativos foram raros por parte do São Paulo na primeira etapa. Aproveitando-se da desorganização da Ponte Preta, o time da casa assustou o adversário com uma boa cabeçada de Paulo Miranda depois de cobrança de falta de Jadson, aos oito minutos. O que não foi suficiente para diminuir o nervosismo de Ney Franco. “Calma, calma!”, o técnico berrava à beira do campo, contraditoriamente muito mais impaciente do que seus atletas.
Calma foi justamente o que faltou para o ex-são-paulino Roger em uma bola alçada na área da Ponte Preta, aos 19 minutos. Ele cortou com o braço, e o árbitro Rodrigo Guarizo assinalou o pênalti com o auxílio do assistente que fica na linha de fundo. Para delírio da torcida tricolor, o goleiro Rogério Ceni se apresentou para a cobrança e conferiu, aos 21, apesar de seu colega Edson Bastos ter acertado o canto do chute.
Em vantagem no placar, o São Paulo ganhou ainda mais ânimo – e a Ponte Preta se desestruturou definitivamente no primeiro tempo. Aos 26, Lucas ajudou a desestabilizar o adversário ao participar de uma boa jogada com Jadson e Ademilson e bater no canto da entrada da área: 2 a 0. O meia-atacante correu para os abraços de seus companheiros e a ovação dos torcedores.
No final do primeiro tempo, Jadson e Ademilson tentaram dividir o protagonismo de Lucas com boas jogadas individuais. Do outro lado, a Ponte Preta extravasava a sua revolta com o resultado adverso contra o árbitro. Baraka, aos 42, teve um lampejo de lucidez e obrigou Rogério Ceni a fazer bela defesa em uma finalização forte. Roger ainda tentou marcar no rebote, mas em posição de impedimento.
Na tentativa de corrigir os problemas de sua equipe, o técnico Gilson Kleina promoveu duas alterações no intervalo. Lucas e Bruno Sabino entraram nas vagas de Somália e Luan com a incumbência de dar mais mobilidade à Ponte Preta no segundo tempo. Conseguiram. Como o São Paulo se acomodou, o time de Campinas ganhou espaço para atacar e passou a fazer com que os defensores são-paulinos trabalhassem mais.
Aos 15 minutos, o ainda impaciente Ney Franco decidiu tirar a estrela da partida de campo. Lucas, sem aparentar cansaço (mas já com um cartão amarelo), deu lugar a Osvaldo e foi intensamente aplaudido pelos torcedores. Poucos minutos depois, novas alterações no São Paulo. Denilson e Cortez (este sob vaias) foram trocados por João Schmidt e Cícero.
Foi Maicon, no entanto, quem levou o São Paulo à frente. Quando a Ponte Preta ainda esboçava a sua reação, já com Ferron no lugar de Diego Sacoman, o jogador começou a participar das principais jogadas ofensivas do Tricolor. Na defesa, Rafael Toloi fez alguns desarmes importantes e também teve o seu nome gritado pelo público. Ainda assim, ninguém parecia se destacar tanto quanto Lucas na noite da reabilitação são-paulina.
Até quem fechou o placar para o São Paulo foi o jogador que substituiu Lucas. Herdando a inspiração de seu concorrente de posição, Osvaldo arrancou da intermediária, driblou três marcadores e chutou no ângulo para anotar um golaço no Morumbi. Era só tirar a camisa e cruzar os braços direito e esquerdo na direção da eufórica torcida para comemorar - e levar um cartão amarelo muito lamentado por Ney Franco.
Fonte: ESPN
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