O ônibus que levava o time do Vôlei Futuro sofreu um acidente e tombou a 500m do ginásio José Liberatti, onde enfrentaria o Osasco, na noite desta terça-feira. Nenhuma atleta sofreu lesões graves. A líbero americana Stacy Sykora, considerada a melhor do mundo no último Mundial, desmaiou no momento do acidente, mas teve só um corte na cabeça. Em estado de choque, ela foi sedada no Hospital Regional de Osasco e transportada para o Hospital Sírio-Libanês, onde se submeterá a exames mais detalhados apenas por precaução.
A maior parte da equipe foi submetidas a exames no Hospital Regional de Osasco, e a única fratura constatada foi no braço do conegrafista do time, que também estava no veículo. A levantadora Ana Cristina, que sofreu cortes causados pelo vidro, deixou o local com o braço direito enfaixado. A meio de rede Fernanda Gritzbach teve apenas um pequeno corte no rosto e alguns arranhões.
Chovia muito no momento do acidente. Minutos depois, o ônibus que levava o time do Osasco para o ginásio passou pelo mesmo local. As atletas do time da casa avisaram a organização da partida e, em seguida, médicos que estavam no ginásio José Liberatti saíram para socorrer a equipe do Vôlei Futuro.
- Foi um susto. Eu não sei o que aconteceu. A impressão que eu tive foi que a gente caiu do viaduto no começo porque não tinha como o ônibus capotar ali. Chovia muito e para sair do ônibus foi muito difícil. Ficou uma lateral do ônibus toda no chão, então tivemos de sair por cima - relatou ao SporTV o técnico William, que foi até o ginásio José Liberatti dar explicações.
O treinador também disse que a líbero Stacy foi quem mais deixou as companheiras preocupadas.
- Ela desmaiou. A pessoa desmaia e você não sabe se ela bateu a cabeça. Estamos esperando informação do nosso pessoal de apoio, que está no hospital. Mas ela não tinha escoriações, não tinha sangue. A Fabi e a Joycinha choravam muito por causa da Stacy. Ela é uma pessoa muito querida, é a única que não tem família aqui - disse.
Pouco depois, foi constatado que a líbero americana sofreu apenas um corte na cabeça. A ponta Paula Pequeno, que foi para o ginásio José Liberatti depois do acidente, contou o que sentiu no momento em que o ônibus tombou.
- Na hora, ainda consegui socorrer o nosso cinegrafista, que não conseguia sentir o braço, ele ficou muito nervoso. A gente sentiu um impacto muito forte, e o ônibus já foi tombando, arrastando no chão, e as pessoas já estavam em cima de mim. Todo mundo foi jogado de uma vez. É numa fração de segundos, é horrível, você fica meio acreditando que não está acontecendo. É muito triste, muito preocupante no momento, mas agora está tudo bem.
A líbero Stephany também escapou sem ferimentos. A filha do técnico William, contudo, não conseguia entender o que provocou o acidente.
- Foi uma pancada, e o ônibus começou a tombar para a direita, o meu lado. Começou a cair gente em cima de mim, eu até caí e bati a cabeça no vidro, mas não tive nada. Todas as meninas estavam bem assustadas, chorando, nervosas. Estava todo mundo sentado, caído em cima do vidro. Até agora a gente não entendeu como foi a batida. A gente imagina que foi de frente e, depois, tombou. Foi essa a sensação.
Trauma abala sobrevivente de acidente fatal
Uma das atletas mais abaladas com o tombamento do ônibus nesta terça-feira era a ponteira Clarisse. Em agosto de 2006, ela esteve presente em um acidente na rodovia Régis Bittencout, que tirou a vida da jogadora Natália Lane, do Osasco. Então com 19 anos, Clarisse sofreu traumatismo craniano e foi hospitalizada com a também atacante Paula Carbonari.
O goleiro Bruno, do São Paulo, que conduzia o veículo que capotou, ficou paralítico. Weverson, companheiro de Bruno no São Paulo, morreu.
Partida adiada
O duelo entre Vôlei Futuro e Osasco, marcado para começar às 21h (de Brasília) desta terça-feira e válido pelas semifinais da Superliga feminina, foi cancelado. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) decidirá nos próximos dias a data para a realização da partida.
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