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domingo, 7 de julho de 2013

São Paulo perde clássico para o Santos e aprofunda a crise no Morumbi

Não será a partir deste domingo que o São Paulo dará início a uma nova fase. Pelo menos até quarta-feira, o clube seguirá em crise, atrás de um novo treinador e com a diretoria na mira dos torcedores.
A equipe tricolor desperdiçou a chance de reverter a má fase neste domingo, no clássico com o Santos, no Morumbi. Depois de começar melhor a partida, o time perdeu diversas oportunidades e viu os adversários fazerem 2 a 0 e construírem a vitória no segundo tempo, com gols de Giva e Cícero - todos eles com participações decisivas do treinador interino Claudinei Oliveira em substituições.
Com o resultado, o São Paulo segue com nove pontos e fora da zona de classificação para a Libertadores. O Santos chega a seis e fica a um de deixar a briga contra o rebaixamento.
A torcida tricolor promoveu antes do começo da partida um protesto contra a diretoria do lado de fora do Morumbi. Os principais alvos da manifestação eram o presidente Juvenal Juvêncio, o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes e o diretor de futebol Adalberto Baptista.
A direção do Santos também enfrenta resistência após a venda de Neymar ao Barcelona - o presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro assinou um artigo na edição deste domingo do jornal Folha de S. Paulo defendendo o negócio.
A equipe alvinegra volta a campo na próxima quarta-feira, contra o Crac, pela terceira fase da Copa do Brasil. O time tricolor teria a semana livre, mas em jogo adiantado enfrentará o Bahia, no mesmo dia, no Morumbi.
O jogo - A fase é de reconstrução. Talvez até por isso, Santos e São Paulo fizeram um jogo aberto em seus primeiros minutos.
O time do litoral deu um susto logo aos 3, com Montillo recebendo na entrada da área e chutando bonito por cima do gol de Rogério Ceni. O técnico interino Claudinei Oliveira prometeu um novo posicionamento para tentar alavancar o futebol do meia.
A resposta são-paulina foi imediata. De volta da seleção brasileira, Jadson parou a bola no meio, aguardou a movimentação da defesa e enfiou para Osvaldo. O atacante passou pelo goleiro Aranha e cruzou para Luis Fabiano. Pressionado pela marcação, ele finalizou truncado e conseguiu escanteio.
Em outra jogada, Rodrigo Caio subiu sozinho e forçou Aranha a fazer bela defesa para evitar o primeiro gol tricolor.
Foram 10 minutos iniciais alucinantes. Depois disso, o Santos diminuiu o ritmo e deu espaço para que Jadson flutuasse sozinho na intermediária. Osvaldo também aprontava pelos lados do campo e ‘abria' ainda mais o campo para o São Paulo.
‘Pedindo' bola, Luis Fabiano se movimentava a todo o momento e dava opção mais à frente. Aos 16, ele recebeu lançamento de Osvaldo, invadiu a área e foi atrapalhado por Gustavo Henrique na hora de finalizar. O centroavante, que deixou para trás os problemas com a diretoria, não parava um só segundo e teve outra chance antes do fim da etapa inicial.
Ele tabelou com Jadson na intermediária, recebeu de volta e dividiu com Aranha na saída do gol.
No aguardo do apito de Raphael Claus, o São Paulo ainda teve um gol marcado por Lúcio corretamente anulado após jogada ensaiada em cobrança de falta de Rogério Ceni.
A equipe do Morumbi manteve a pressão no segundo tempo. Em roubada de bola, Lúcio puxou o contra-ataque e entregou para Jadson. O meia cortou a marcação de Galhardo e, na tentativa de desviar, exagerou na força e chutou para fora.
O interino Claudinei Oliveira decidiu, então, mudar a sua linha de frente, sacando Willian José para a entrada de Giva. O jovem jogador mostrou ter estrela em arrancada de Montillo. Ele se adiantou a Rhodolfo, pegou cruzamento do argentino e cabeceou para o fundo das redes, abrindo o placar aos 12 minutos.
O desespero tomou conta do São Paulo com o gol. O auxiliar tricolor Milton Cruz mandou Maicon e Aloísio a campo nos lugares de Denilson e Paulo Henrique Ganso, respectivamente.
As substituições não foram suficientes para conter a velocidade alvinegra, no entanto. Com Montillo de um lado e Neilton do outro, a equipe praiana ‘dançava' em cima da marcação dos donos da casa e abusava da paciência no toque de bola.
Numa dessas combinações, o Santos chegou ao seu segundo gol aos 36 minutos. O lateral-esquerdo Emerson, que substituiu Léo, avançou pela linha de fundo e cruzou com perfeição para Cícero completar de cabeça e aumentar o marcador para 2 a 0. A torcida são-paulina aproveitou os minutos finais para retomar os protestos contra a diretoria do clube.
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