A seleção italiana encontrou alguns problemas durante o primeiro dia de estadia no Rio de Janeiro, onde a equipe faz a preparação para a Copa das Confederações. Os contratempos começaram logo no aeroporto do Galeão, na manhã desta segunda-feira, quando a alfândega reteve parte dos alimentos trazidos pela delegação. A Azzurra ainda teve incômodos com o trânsito da cidade, o que levou a equipe a alterar a programação para o restante da semana. A interdição do Engenhão também quase causou transtorno maior, mas a Federação Italiana preferiu manter os treinamentos no local.
Logo que desembarcaram no Rio, os italianos foram surpreendidos com a retenção dos queijos e presuntos trazidos para o país, já que o Ministério da Saúde do Brasil não permitiu a entrada de alimentos perecíveis sem a documentação adequada. Os mais de 200 kg de macarrão, além e arroz, óleo e café passaram normalmente, mas os dirigentes italianos ainda tentavam a liberação dos ingredientes que seriam usados nos pratos típicos da Itália.
EFE
Hospedada em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, a delegação a Itália também ficou incomodada com o trânsito da cidade, e alterou a programação para o restante da semana. O trajeto de ida entre o hotel e o estádio do Engenhão, onde a equipe está treinando, demorou cerca de 40 minutos nesta segunda.
A princípio, o time treinaria duas vezes por dia. A primeira sessão seria pela manhã, depois os jogadores voltariam ao hotel para almoçar, e retornariam para nova atividade no Engenhão à tarde. A comissão técnica, no entanto, avaliou que o tempo perdido dentro do ônibus no deslocamento prejudicaria a equipe. Com isso, Azzurra treinará apenas uma vez por dia no campo anexo do Engenhão, fazendo trabalhos complementares no próprio hotel, de acordo com a assessoria de imprensa da seleção.
O local de treinamento foi outro ponto que gerou debate entre dirigentes e comissão técnica da Itália. Por causa da interdição do Engenhão por problemas estruturais na cobertura, a Fifa avisou a Federação Italiana que o campo principal não poderia ser utilizado e recomendou que os treinos fossem realizados no CFZ, no Recreio dos Bandeirantes. A sugestão, porém não foi aceita, pois a estrutura da Itália já tinha sido montada no Engenhão, e não haveria tempo suficiente para a mudança.
"Fomos pegos de surpresa e avisados apenas no final da semana passada que não poderíamos usar a parte interna. Queriam nos mandar para outro local. Mas preferimos ficar aqui. Não queremos sair daqui", afirmou ex-jogador Demetrio Albertini, vice-presidente da Federação Italiana.
Apesar dos problemas enfrentados logo no primeiro dia no Brasil, o técnico Cesare Prandelli adotou um discurso político na entrevista coletiva e evitou fazer críticas. Os problemas enfrentados, no entanto, deixaram o treinador italiano incomodado. Prandelli também deixou claro o seu descontentamento com a situação do gramado do campo anexo do Engenhão,
"As primeiras impressões do Brasil são boas. As pessoas são maravilhosas, o entusiasmo com a competição é contagiante e a estrutura tem sido muito boa. O campo do Engenhão, porém, ainda pode ser melhorado para os próximos treinos. Não está bom", disse Prandelli, após o treino desta segunda, no Engenhão.
Nesta terça-feira, às 15h45, a seleção da Itália faz um amistoso contra o Haiti, em São Januário. A estreia na Copa das Confederações será no próximo domingo, às 16h, contra o México, no Maracanã. No dia 19, a Azzurra encara o Japão, em Recife, e nos dia 22 o adversário será o Brasil, em Salvador.
Tiago Leme/ESPN
Fonte: ESPN
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