O time português, que também buscava a taça inédita e tinha a chance de terminar a temporada com três títulos, frustrou-se pela segunda vez em quatro dias: no sábado, o clube português perdeu para o Porto, também por 2 a 1, e ficou mais longe do título no Campeonato Português. Resta, agora, a Taça de Portugal, que pode ser o título de consolação para uma temporada que poderia ter sido histórica.
Para o Chelsea, a segunda taça europeia em dois anos é também um ponto de felicidade em uma temporada complicada: eliminado na primeira fase da Champions, o clube inglês ficou longe do título no campeonato nacional e não chegou às finais das Copas da Liga e da Inglaterra.
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As duas equipes entraram em campo na Amsterdã Arena buscando um título inédito. O Benfica, bicampeão europeu na década de 1960, lutava para manter viva a esperança da tríplice coroa, e o Chelsea, atual vencedor da Champions League, buscava salvar uma temporada em que não levantou uma única taça. Com a bola rolando, o Benfica mostrou-se mais interessado na partida e criou as melhores chances do início do jogo. Logo a 2 minutos, André Almeida cruzou a bola na área, e Cardozo cabeceou para fora, perdendo ótima oportunidade.
O Benfica continuava bem na partida, e trocava passes dentro da área do Chelsea. Aos 12 minutos, a equipe portuguesa teve ótima chance, mas Gaitán, sem marcação e na marca do pênalti, concluiu por sobre o gol de Petr Cech.
Aos 15 minutos, o Benfica perdeu mais uma boa oportunidade quando Salvio cruzou para a área. A bola passou na frente de três jogadores da equipe lusitana, e nenhum deles conseguiu concluir para o gol.
Depois de levar tantos sustos, o Chelsea conseguiu acertar o setor defensivo para impedir que o adversário chegasse com tanta facilidade.
O resultado foi um jogo mais morno, sem tantas chances de gol – até os 38 minutos, quando Lampard arriscou um chute da entrada da área, a bola pegou muito efeito, e o brasileiro Arthur fez a melhor defesa da partida até então. Foi a última grande chance do primeiro tempo.
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A segunda etapa começou com a mesma cara do primeira: o Benfica, bem melhor, atacava mais e levava perigo ao gol de Cech. E, tal qual na etapa inicial, o clube português perdia muitas chances. Depois de muito pressionar, a equipe lusitana até balançou as redes aos 6 minutos, mas o atacante Cardozo estava impedido. A ineficiência do Benfica no ataque foi punida aos 14 minutos, em um belo gol de Fernando Torres. O atacante espanhol avançou pela direita, ganhou de Luisão e driblou Arthur antes de tocar com classe para abrir o placar.
O gol poderia ter desmontado a equipe portuguesa, mas o Benfica reagiu rápido. Aos 21 minutos, após toque de mão de Azpilicueta na área, a arbitragem marcou pênalti. Na cobrança, Oscar Cardozo chutou forte, no meio do gol, para empatar. O atacante paraguaio sentiu câimbras logo após o chute e teve de deixar o campo para ser atendido.
Com o placar empatado, as duas equipes também se equipararam no número de chances criadas. Aos 30 minutos, o Chelsea teve boa oportunidade com Torres, mas o espanhol caiu na área após disputa com Luisão; apesar das reclamações dos jogadores do clube inglês, o árbitro mandou o jogo seguir.
O Benfica respondeu com Cardozo. Aos 36, o paraguaio arriscou da entrada da área e só não marcou o segundo porque Chech voou para fazer uma defesa incrível.
Incrível, também, foram os minutos finais da partida. Aos 43, Lampard chutou da intermediária e a bola explodiu no travessão do gol do Benfica. A torcida ficou de pé na Amsterdã Arena, e os lances seguintes também foram eletrizantes – as duas equipes criaram boas chances e o jogo se encaminhava para a prorrogação, quando Ivanovic marcou de cabeça, aos 48 minutos, após cobrança de escanteio.
O Benfica ainda teve uma chance com Cardozo, aos 49, mas Cahill tirou em cima da linha. O Chelsea era campeão europeu mais uma vez; e o Benfica se frustrava pela segunda vez em menos de uma semana.
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