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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Na volta da aposentadoria, Fofão tenta o que amiga Venturini não conseguiu


Fofão e Fernanda Venturini foram, sem sombra de dúvidas, duas das melhores levantadoras que o mundo já viu, mas tiveram o ‘azar’ de nascerem na mesma época e travarem, ao longo de décadas, uma disputa acirrada pela vaga de titular na seleção brasileira. E a carreira das duas, não só na equipe nacional, teve inúmeras semelhanças, com idas e vindas após aposentadorias ‘canceladas’ e um possível final bem parecido: ‘quarentonas’, mas disputando uma final de Superliga em altíssimo nível.
Aos 43 anos, Fofão será a responsável por armar todas as jogadas da Unilever na decisão da Superliga 2012/2013 contra o eterno adversário Sollys/Nestlé. A veterana superou as dores e as dificuldades ao longo da temporada, chegando à final e podendo terminar o ano com mais um título na carreira, que pode até mesmo ser encerrada após mais esta decisão – apesar de Fofão ainda evitar falar sobre o assunto, mas existe uma forte possibilidade de ela se aposentar após o término da temporada.
Divulgação
Fofão foi convidada a voltar a jogar por Bernardinho
Fofão foi convidada a voltar a jogar por Bernardinho

Em 2011, aos 41 anos de idade e após quatro anos parada, Fernanda Venturini foi ‘convencida’ a voltar ao cenário do vôlei pelo seu marido, o técnico da Unilever, Bernardinho. E, atendendo ao pedido do treinador, ela não só retornou às quadras, como comandou a equipe do Rio de Janeiro em mais uma excelente campanha na Superliga, chegando novamente à final. Mas a volta da levantadora durou apenas a temporada 2011/2012 e, derrotada para o Sollys/Nestlé na decisão, a veterana se despediu pela quarta vez (esta definitiva) do esporte que a consagrou.

No ano passado, foi a vez de Fofão ser ‘resgatada’ por Bernardinho após ter passado um ano longe das quadras. A levantadora havia se aposentado em 2011, mas aceitou o convite do treinador e voltou a jogar para defender as cores da Unilever e brigar por mais um título da Superliga. E, assim como Venturini, Fofão não decepcionou. Com a precisão de sempre, a jogadora de 43 anos provou que ainda pode atuar em alto nível e, apesar de não liderar as estatísticas do torneio na sua posição, ainda é uma das melhores na competição.

E chegando à decisão da Superliga, Fofão terá a chance de terminar a competição ‘quarentona’ e com o título. A atual levantadora da Unilever, que viveu a sombra de Fernanda Venturini por muito tempo na seleção brasileira, não chega nem perto de ter o número de conquistas que a companheira de profissão teve na Superliga – foram 12 títulos nacionais, enquanto Fofão tem apenas dois –, mas poderá conseguir o que a amiga não conseguiu no ano passado: conquistar um título da Superliga no retorno da aposentadoria e com 43 anos de idade.

Na última temporada, Venturini perdeu a final da competição e viu sua equipe ser atropelada pelo Sollys/Nestlé – mesmo adversário que Fofão enfrentará neste ano – saindo derrotada por 3 sets a 0. Mais do que isso, a esposa de Bernardinho viu Fabíola, a levantadora ‘rival’ do Osasco, receber o prêmio de melhor levantadora da Superliga, e se aposentou pela última vez das quadras sem receber nenhuma homenagem da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) por seus feitos no vôlei brasileiro – algo que o próprio técnico da Unilever criticou bastante ao final do jogo.

Agora, será a vez de Fofão tentar o que a amiga e antecessora de Unilever não conseguiu. A levantadora, que esperou seis anos para ser titular da seleção – quando Venturini ‘se aposentou’ pela primeira vez – e viu a colega voltar e ficar com seu posto algumas vezes, já tem no currículo uma conquista que Fernanda Venturini não tem: o ouro olímpico. A esposa de Bernardinho conseguiu o bronze em 1996, mas não estava na campanha de 2008, quando a seleção feminina subiu no lugar mais alto do pódio com o técnico José Roberto Guimarães – na ocasião, Fofão foi quem comandou o time na campanha.
Divulgação
Osasco e Rio de Janeiro fizeram um grande jogo nesta sexta-feira
Fofão disputará mais um título de Superliga neste domingo

Agora, já aposentada da seleção, a levantadora da Unilever tenta alçar voos menores do que uma Olimpíada, por exemplo, mas mantém o mesmo espírito vencedor que alimentou desde o início de sua carreira. Uma conquista ‘inesperada’ na Superliga aos 43 anos, por exemplo, seria considerada quase que uma medalha olímpica para a veterana levantadora, que tem lutado frequentemente com as dores e desafiado as limitações físicas da idade para continuar jogando – nesta sexta-feira mesmo, Fofão precisou deixar o treino mais cedo para fazer tratamento na panturrilha, que passou a incomodá-la durante a atividade.

A final da Superliga feminina acontecerá neste domingo, ás 10h, no ginásio do Ibirapuera e, pela nona vez consecutiva, terá Osasco e Rio de Janeiro na briga pelo título.

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