Como você deve saber, começam hoje as finais de Conferência da NBA. Em casa, o San Antonio Spurs recebe a partir das 20h30 o Oklahoma em uma série que tem tudo pra ir bem, bem longe. Vamos ao que penso sobre o duelo.
Ao contrário de Boston e Miami, que lutarão pela coroa do Leste a partir desta segunda-feira depois de maratonas contra Sixers e Pacers, OKC e Spurs chegam bem descansados a esta final. Trucidaram seus rivais na semifinal de conferência (os teçamos têm 8-0 nos playoffs e uma seqüência de 18 vitórias seguidas; o Thunder bateu os dois últimos campeões da liga por 4-0 e 4-1).
Apesar de diferentes em quadra, são duas franquias bem parecidas em termos de filosofia (e são dos famosos mercados pequenos, como chama David Stern). Sam Presti, GM do Thunder, trabalhou com RC Buford no Spurs e soube bem como montar o elenco (o Bola Presa escreveu sobre isso também). Tal qual os texanos fizeram com Tim Duncan, o Thunder cercou Kevin Durant de jogadores talentosos e cujos resultados são fantásticos nos últimos dois anos (caíram em 2010-2011 nas finais do Oeste pro Dallas).
Mestre na arte de recrutar, o Spurs pescou Kawhi Leonard, Danny Green, Manu Ginobili, Tony Parker em posições de Draft pra lá de “altas” (confira aqui posições e listas completa). O Thunder teve a mesma competência para conseguir um baita armador (Russell Westbrook), um ótimo jogador pro banco de reservas (James Harden, o Manu do OKC) e ótimas peças para a rotação (Ibaka, Collison, Thabo etc.).
Dentro de quadra, como disse acima, são estilos bem diferentes. Spurs são o time mais inteligente, mais centrado e com melhor QI da liga. Dificilmente farão uma jogada que não tenha sido armada/treinada/visualizada por Gregg Popovich antes. Usam e abusam dos picks na cabeça do Garrafão para começarem as jogadas com Tony Parker, e terão razoável sucesso caso coloquem Kendrick Perkins, mais pesado, para “rodar” com os picks.
Do outro lado temos o Oklahoma, cujo armador adora correr-chutar-infiltrar. Russell Wesbrook é zero ortodoxo, mas o ritmo de jogo que ele impõe ao jovem/atlético Thunder é pra lá de elogiável. Ele gosta de começar as jogadas com bloqueios depois da linha do meio campo, mas ao contrário de Parker, Westbrook parte ou para o arremesso livre ou para passes para Kevin Durant ou James Harden. Esta, aliás, talvez seja a maior deficiência do Oklahoma, não ter pivôs pontuadores pode fazer muito a diferença contra um elenco que sabe defender bloqueios como poucos na NBA.
No final das contas, a experiência, o mando de quadra e o elenco mais numeroso do Spurs devem fazer a diferença em um 4-3 duríssimo.
Fonte: UOL Esporte
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