O técnico Toninho Cerezo não ficou satisfeito com o empate sem gols no clássico BaVi deste domingo (12). Para ele, o Vitória se encontrou no segundo tempo e merecia ter saído do estádio de Pituaçu com um resultado melhor. O comandante rubro-negro acredita que a equipe evoluiu no decorrer da partida e pontuou alguns ajustes que devem ser feitos na equipe para as próximas rodadas.
"Nos primeiros 20 minutos a gente podia ter um pouco mais de tranquilidade, tocar mais a bola. Era de se esperar que o Bahia viesse pra cima. Começamos a fazer ligação direta da defesa para o ataque e isso prejudicou um pouco. Depois nós começamos a sair jogando, a defesa começou a girar a bola. O Elton (que jogou como lateral-esquerdo) teve dificuldade porque não é a posição dele. Ele é volante. Até o segundo tempo, que ele entendeu a mensagem e encaixou direitinho. Uelliton não tava acompanhando muito o Mancha. Ele estava ficando muito com os zagueiros. Isso é um defeito que temos aqui que o volante joga entre os zagueiros", disse Cerezo.
Durante a resposta da primeira pergunta da entrevista coletiva, o técnico do Leão foi interrompido pelo amigo Falcão, técnico do Bahia. Após o abraço dos treinadores, Cerezo brincou sobre o carnaval e falou que tinha duas musas. "Tenho a Ivete (Sangalo) e a Daniela (Mercury)", disse, fazendo referência sobre as cantoras de Axé Music e torcedoras do Vitória. Depois que jornalistas sopraram, o agora rival Paulo Roberto Falcão respondeu: "tenho a Cláudia Leitte".
Após a rápida parada para o encontro dos parceiros do tempo de Seleção Brasileira e Roma, Cerezo deu continuidade a entrevista e disse que ficou feliz com a evolução do time no segundo tempo, apesar de não ter gostado do desempenho dos jogadores que colocou em campo, como Pedro Ken e Arthur Maia. Michel também entrou no jogo, mas apenas para suprir a saída de Uelliton, que se machucou.
"No segundo tempo eu esperava um pouco mais das minhas substituições. De qualquer maneira, a equipe se comportou muito bem. Com sinceridade, a gente merecia um resultado melhor. Se não tivemos foi porque alguns alguns jogadores nossos quiseram resolver o jogo sozinho. O jogo é coletivo. No fim, eu acho que tava difícil para o time do Bahia jogar porque a gente estava bem posicionado, encaixado. Faltou a tranquilidade", acredita Cerezo. "Eu gostei. Acho que é a primeira vez que falo com meus jogadores que a gente merecia ganhar esse jogo. No segundo tempo encaixamos a marcação e fomos melhores".
Escalação - O comandante rubro-negro pegou todo mundo de surpresa ao começar o BaVi com quatro volantes de origem no meio-de-campo. Uelliton, Rodrigo Mancha, Mineiro e Róbston foram escalados e a criação do Leão foi ineficiente. Cerezo tentou justificar, então, a escolha que fez. "O Róbston é um cara que, mesmo com a altura dele, ele sabe trabalhar como volante no lado direito e encostar na frente. Ele vinha fazendo uns treinamentos naquela posição. Era para o time fazer um giro em torno dele, mas não aconteceu. Foi só o primeiro jogo dele. Temos que ter paciência".
Para finalizar, ele elogiou a linha de defesa formada por jogadores das divisões de base. Léo, Dankler, Gabriel Paulista e Elton seguraram a barra na defesa. "A nossa defesa... Olha o nosso time... Acho que 70% dos jogadores que foram trabalhados aqui no Vitória. A média de idade da nossa zaga tem pouco mais de 20 anos. Ainda não temos total da nossa equipe. Faltam jogadores como Rildo, Índio, Victor... É bom ter o plantel todo e tempo pra treinar. Agora vamos ter um tempinho porque do carnaval, que a gente vai ter folga e depois treinar", encerrou.
Com o empate no clássico, o Vitória caiu uma posição na tabela de classificação e agora é o quarto colocado, com 13 pontos. Na próxima rodada, o Leão encara o Camaçari, no estádio Manoel Barradas. A partida acontece na quarta-feira (15), às 20h30.
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