Dentro de quadra, a seleção brasileira de handebol conseguiu boa vitória sobre Cuba na abertura do Mundial feminino da modalidade, em São Paulo. Fora, o que se viu foi um cenário preocupante para um país que em quatro anos sediará uma Copa do Mundo de futebol e dois anos depois uma Olimpíada. A grande maioria dos voluntários responsáveis pela organização no ginásio do Ibirapuera mostrou despreparo, principalmente na indicação dos posicionamentos de imprensa e localização de cadeiras e acessos.
Cerca de meia hora antes da partida começar, a movimentação das pessoas dentro da quadra era grande. Misturado com grades e diversos cabos, o público tinha fácil acesso à quadra. Os voluntários, em vão, tentavam fazer um "cordão de isolamento". Os jornalistas, que teoricamente não poderiam ter acesso à quadra (a não ser os da emissora dona dos direitos de transmissão), circulavam livremente, sem serem incomodados. Só a dez minutos para o início, com as equipes perfiladas para os hinos, é que a organização conseguiu deixar a quadra livre.
Os torcedores que tinham ingresso para a arquibancada superior não encontraram qualquer dificuldade para sentar-se na parte inferior das cadeiras, local bem mais próximo à quadra de jogo. Enquanto isso, os jornalistas estrangeiros sofriam para conseguir comunicar-se com os voluntários da organização. A reportagem do UOL Esporte, ao lado de um repórter estrangeiro, presenciou o momento em que o rapaz tentava saber o sabor do salgado que era servido na sala de imprensa. A voluntária, sem entender o que era falado, respondia: "tomate seco, moço".
BRASIL VENCE CUBA NA ESTREIA EM SP
- A seleção brasileira aproveitou-se da fragilidade de Cuba e estreou no Mundial feminino com uma fácil vitória por 37 a 21, no ginásio do Ibirapuera.
No fim do jogo, dois voluntários mostraram total desconhecimento da estrutura do Ibirapuera. Questionado sobre onde seria a zona mista (local em que as jogadoras dariam entrevistas), um deles respondeu: "o que é isso? Olha, a minha chefe está ali, pergunte para ela, pois eu não sei." E nem mesmo a chefe sabia. Com um sorriso no rosto, ela balançou a cabeça negativamente e saiu de lado.
Algumas coisas, no entanto, funcionaram corretamente. A partida, marcada para às 21h, começou pontualmente no horário. A torcida, que não está acostumada com torneios importantes de handebol aqui, fez uma festa bonita. Apoiou durante os 60 minutos de jogo, gritou e vibrou a cada um dos gols marcados, e até ensaiou uma "ola" quando a vitória já estava garantida. As jogadoras, claro, adoraram.
"É muito bom jogar com a torcida do nosso lado. Antes do jogo nós (atletas) conversamos, falamos que não ia ter ninguém na torcida hoje, até por causa do horário. Mas tinha bastante gente, muito mais do que a gente esperava. É um ânimo a mais para nós. Espero que nos próximos jogos tenha cada vez mais gente aqui", afirmou Duda, autora de três gols e eleita a melhor em quadra na partida.
Fonte - esporte.uol.com.br
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