Revelado no Boca Juniors, Marcelo Cañete teve de deixar a Argentina para buscar o seu espaço. Sem chance de atuar na equipe que o revelou para o futebol por causa da presença de Riquelme, o meia de 21 anos foi emprestado ao Universidad Catolica (CHI) para a disputa da Taça Libertadores da América. E agora chega ao São Paulo. Mesmo de longe, ele segue acompanhando o futebol do seu país, que fez fraca campanha na Copa América ao ser eliminado nas quartas de final pelo campeão Uruguai. Para Cañete, é reflexo do atual momento.
- O futebol argentino perdeu sua forma de jogar. Toca mais para trás, não é mais tão bonito como no Brasil. Aqui há um estilo que sabe o que quer e tenta jogar dessa maneira. A Argentina perdeu a identidade que tinha – comentou o jogador.
Cañete não se conforma que jogadores como Conca, eleito o melhor atleta do último Campeonato Brasileiro, e Montillo, que desde que chegou ao Cruzeiro, esteve entre os mais destacados da competição, não eram chamados pelo ex-técnico da seleção, Sérgio Batista, que foi demitido nesta semana.
- Alguns não tiveram sorte de ser chamado. O D'Alessandro até foi uma vez e é um grande jogador. São jogadores com capacidade de serem convocados em qualquer seleção do mundo e se destacam em qualquer clube. Mereciam uma oportunidade na seleção – ressaltou
A única coisa que faz Cañete sorrir em relação ao momento atual do futebol argentino foi o rebaixamento do River Plate, principal rival do time que o revelou para o futebol.
- Em um primeiro instante, fiquei feliz, afinal sou fanático pelo Boca. Mas é claro que eu quero a promoção do River, senão não tem superclássico, que é a graça do futebol. O rebaixamento já foi muito. Esse rebaixamento pode até tornar o Campeonato Argentino pior – afirmou o gringo.
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