Abandonado pela diretoria do futebol, que não apareceu em Florianópolis e nem no dia em que foi mantido no cargo, ele sabe que precisa de títulos
Nem no vestiário do São Paulo após a desclassificação da equipe na Copa do Brasil, muito menos na entrevista coletiva concedida após a sua permanência ter sido anunciada. Em nenhum dos momentos cruciais da semana tricolor o técnico Paulo César Carpegiani teve a companhia pública de alguém da diretoria da equipe do Morumbi.
O vice-presidente de futebol do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, e o diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, não atenderam seus telefones nesta segunda-feira, e o presidente Juvenal Juvêncio mantém sua rotina de não conversar com os jornalistas. Mesmo assim, o treinador diz que não se sente abandonado pela diretoria e que não teme ser demitido.
- Eu não me sinto desamparado, sigo fazendo meu trabalho. Talvez o meu erro tenha sido não voltar com a delegação para o São Paulo e isso pode ter desencadeado uma série de especulações. Eu só tive contato com o presidente nesta segunda. Eu não sei se tenho prazo de validade. No Campeonato Paulista fizemos uma boa campanha, mas perdemos para o campeão. Na Copa do Brasil não atingimos o nosso objetivo. Não adianta eu te responder isso, você teria que perguntar isso para outra pessoa – afirmou o comandante do time do Morumbi.
Carpegiani sabe que a pressão sobre o seu trabalho não vai diminuir. Grande parte da torcida queria a sua demissão, assim como pessoas próximas do presidente Juvenal Juvêncio.
- Temos que ganhar daqui para frente, não tem outro jeito. Você só marca história com títulos. Terminamos a fase de classificação do Paulistão na frente do melhor time do futebol paulista, que é o Santos. Em sete meses os meus números são muito bons, mas é claro que o que marca um trabalho são os títulos. Esse tipo de comportamento é o que eu preciso analisar com os meus jogadores. O Rogério está certo em cobrar mais atitude da equipe – ressaltou o treinador.
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