São Paulo corre para renovar com Casemiro antes do Mundial Sub-20

Da geração de garotos que tomou conta do elenco profissional do São Paulo, o volante Casemiro é um dos atletas que mais se destaca. Titular absoluto do meio-campo de Paulo César Carpegiani e nome certo na Seleção Brasileira que vai disputar o Mundial Sub-20 da Colômbia entre 29 de julho e 20 de agosto, o jogador ainda tem um contrato da época em que subiu para o time profissional. Com rendimento mensal de R$ 15 mil, o jogador tem um dos salários mais baixos do elenco.

Sabendo dessa situação, o São Paulo corre para renovar o contrato do jogador antes da competição do próximo mês. Hoje, uma equipe do exterior que quiser tirar Casemiro do Morumbi precisa pagar € 30 milhões (R$ 78 milhões). O mesmo não se aplica para clubes do Brasil, cuja multa cai para R$ 15 milhões. O vínculo atual do jogador vale até fevereiro de 2015, e o ex-vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, revelou no início de maio que o clube havia recusado uma proposta de € 10 milhões (R$ 26 milhões), do Napoli-ITA, pelo jogador.

Na semana passada, houve uma reunião no CT da Barra Funda entre o jogador, Júlio Fressato (empresário do atleta) e Adalberto Baptista (diretor de futebol do Tricolor). As partes conversaram sobre o assunto e ficaram de agendar um novo encontro.

- É difícil dar detalhes sobre isso. Mas posso dizer que o Casemiro e todos os atletas que estão com o salário defasado estão sendo procurados pelo São Paulo para renovar o contrato – afirmou o dirigente são-paulino.

Fressato, por sua vez, acredita em um entendimento entre as partes.

- O São Paulo reconhece o valor do Casemiro e sabe que hoje ele é um atleta valorizado. Recebo sondagens por ele todos os dias, mas só vou dar atenção no dia em que receber um papel timbrado oficializando o interesse de determinada equipe. Estamos esperando uma posição do São Paulo sobre o assunto – ressaltou o empresário.

Tenho que me preocupar em jogar bola. Se não fizer isso, não existirá valorização"

Casemiro

Casemiro, quando ainda estava na base, era agenciado por Giuliano Bertolucci, o mesmo que, através de uma brecha irregular existente no contrato, conseguiu tirar o meia Oscar do Morumbi. Na época, o contrato antigo do volante tinha o mesmo defeito, e o empresário chegou a oferecer R$ 1 milhão para o meio-campista tomar a mesma atitude. O garoto, no entanto, não concordou e ainda rescindiu o seu contrato com o agente.

O volante, no começo do ano, chegou a causar polêmica no clube ao reclamar que gostaria de ter recebido o mesmo tratamento de Lucas, que teve seu contrato renovado, ganhou um belo aumento salarial e hoje tem a multa rescisória mais alta do futebol brasileiro: € 80 milhões (R$ 183 milhões). Hoje, adota um discurso bem diferente. Apesar de não esconder que gostaria de ser valorizado, sabe que precisa continuar repetindo o ótimo futebol dentro de campo.

- Sem dúvida, é sonho de qualquer jogador ser valorizado. Meu empresário está cuidando disso, o São Paulo também. Tenho de me preocupar em jogar bola. Se não fizer isso, não tem especulação extracampo. Não posso pensar em outra coisa que não seja jogar futebol porque se não for bem, não existirá valorização – ressaltou o jogador.